A tragédia do novo coronavírus fez o Brasil bater um novo recorde negativo, nesta quinta-feira, com o registro de 1.188 novas mortes em razão da Covid-19. No total, as vidas perdidas para a pandemia no País já chegam a 20.047. É como se uma cidade inteira do tamanho de Ibirubá ou Piratini fosse dizimada em pouco mais de dois meses. O total de mortos no Brasil já é maior do que a população de 388 das 497 cidades do Rio Grande do Sul.
No dia em que o Ministério da Saúde divulgou peças em suas redes sociais dizendo que a cloroquina é "o único tratamento hoje disponível para a Covid-19", ainda que todas as recomendações médicas apontem para a não utilização da droga, a qual não possui eficácia comprovada cientificamente contra a doença, o País chegou em 310.087 casos confirmados de coronavírus, que avança em rápido ritmo no Brasil.
O Rio Grande do Sul, por sua vez, ultrapassou, nesta quinta-feira, a marca de cinco mil casos confirmados do novo coronavírus. Conforme atualização da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS), um total de 5.473 gaúchos já tiveram diagnóstico confirmado para a infecção. O número de mortes causadas pela doença chegou a 166, com cinco novos óbitos entre a quarta e a quinta-feira.
As novas vítimas fatais foram registradas nos municípios de Canoas (mulher, 64 anos), Cruz Alta (homem, 61 anos), Garibaldi (mulher, 70 anos), Lajeado (homem, 64 anos) e Porto Alegre (homem, 41 anos). Nos últimos sete dias, 40 pessoas faleceram no Estado em razão da Covid-19 - eram 126 óbitos em 14 de maio -, representando um crescimento de 31,7% no total de mortes.
Com 26 óbitos, Porto Alegre segue sendo a cidade mais afetada pela pandemia, seguida por Passo Fundo, com 25, e Lajeado, com 16. O novo coronavírus já está presente em 251 municípios gaúchos.