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Coronavirus

- Publicada em 17 de Maio de 2020 às 15:57

UFPel reforça importância da pesquisa sobre Covid-19 e diz que seguirá em campo até terça

Pesquisadores da UFPel coletam uma gota de sangue dos testados para os estudos da pandemia no Brasil

Pesquisadores da UFPel coletam uma gota de sangue dos testados para os estudos da pandemia no Brasil


ADEK BERRY/AFP/JC
Por conta dos incidentes envolvendo as equipes coordenadas pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) que atuam na pesquisa sobre a Covid-19 no País, a universidade lançou nota oficial para esclarecer a importância do trabalho e reforçar a continuidade do projeto, cuja fase atual se estende até a próxima terça-feira (19). Segundo a instituição, as equipes estarão em campo "para garantir que o maior estudo populacional sobre coronavírus do Brasil continue ajudando a salvar a vida de milhares de brasileiros". 
Por conta dos incidentes envolvendo as equipes coordenadas pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) que atuam na pesquisa sobre a Covid-19 no País, a universidade lançou nota oficial para esclarecer a importância do trabalho e reforçar a continuidade do projeto, cuja fase atual se estende até a próxima terça-feira (19). Segundo a instituição, as equipes estarão em campo "para garantir que o maior estudo populacional sobre coronavírus do Brasil continue ajudando a salvar a vida de milhares de brasileiros". 
Pesquisadores que atuam no estudo vêm sendo detidos pela polícia, impedidos de trabalhar por algumas prefeituras e agredidos nas ruas, acusados de desrespeitar a quarentena. Em vários municípios, o material de testes chegou a ser destruído. O estudo pretende testar amostra de 33.250 pessoas em 133 cidades, para estimar quantos brasileiros já foram infectados pelo novo coronavírus, o que auxilia no planejamento do combate à doença e o seu estudo científico.
Na nota emitida neste domingo (17), a UFPel ressalta que esse é "o maior estudo populacional sobre o coronavírus no Brasil", financiado e apoiado pelo Ministério da Saúde, e que três fases da pesquisa já foram concluídas, incluindo a testagem de anticorpos para coronavírus em 13.189 pessoas, de nove cidades gaúchas. A universidade lembra que o projeto EPICOVID-BR foi submetido à apreciação ética da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e conta com parceria do Ibope para a coleta de dados. "Todos os requisitos éticos e de segurança estão sendo seguidos, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual, a inclusão apenas de entrevistadores com teste negativo para anticorpos do coronavírus e instruções para o descarte dos materiais, conforme pactuado com o Ministério da Saúde", esclarece.
O texto aponta ainda que o Ministério responsabilizou-se por contatar os 133 municípios participantes da pesquisa por meio de ofício e relata que desde o início do trabalho de campo, no dia 14 de maio, as equipes vêm passando por situações constrangedores, amplamente noticiadas na mídia. "Em quase 40 cidades, os pesquisadores estão de braços cruzados, esperando autorização dos gestores municipais, num processo burocrático que pode causar prejuízo aos cofres públicos, visto que a pesquisa é integralmente financiada com recursos públicos", destaca.
Sobre as situações mais graves, nas quais os entrevistadores foram detidos, com uso de força policial, a UFPel enfatiza que o grupo foi tratado como criminoso e critica a conduta das forças de segurança, que "deveriam proteger os entrevistadores". "Trata-se de cerca de 2 mil brasileiros e brasileiras, que estão trabalhando para sustentar suas famílias, numa pesquisa que pode salvar milhares de vidas, e que mereciam proteção das forças de segurança e uma salva de aplausos por parte de toda a população. Ao contrário, as forças de segurança, que deveriam proteger os entrevistadores, foram responsáveis por cenas lamentáveis e ações truculentas, algumas delas felizmente registradas", ressalta.
O comportamento de 'xerifes' assumido por alguns prefeitos, que impedem ou atrapalham a realização da pesquisa também foi mencionada na nota, que ainda parabeniza a conduta da prefeitura de Manaus, a cidade mais afetada pela pandemia no País e primeira na qual a coleta de dados foi encerrada. "Em meio a uma pandemia sem precedentes, o Brasil mereceria que todos os gestores municipais, das 133 cidades incluídas na pesquisa, tivessem o mesmo comportamento da Prefeitura de Manaus. Ao invés de citar os maus exemplos, fazemos um agradecimento especial à Prefeitura de Manaus, que soube compreender a relevância da pesquisa, e mesmo vivendo a maior crise de saúde da história do município, permitiu que nossos pesquisadores fizessem o seu trabalho, dando todo o suporte necessário", revela.
 Ao encerrar sua manifestação, a UFPel destaca que o intuito é divulgar o trabalho que vem sendo feito, "especialmente nos municípios cujos gestores municipais não estão permitindo a realização da pesquisa" e reforça que "apesar de tudo, nossas equipes estarão em campo até a terça-feira, dia 19 de maio de 2020, para garantir que o maior estudo populacional sobre coronavírus do Brasil continue ajudando a salvar a vida de milhares de brasileiros".
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