O
decreto 20.652 apresentado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior durante live em sua página no Facebook na última sexta-feira (1) prorrogou, até 31 de maio, a suspensão das atividades presenciais de Ensino Infantil, Fundamental, Médio e Superior de estabelecimentos públicos e privados. A orientação está alinhada com o decreto estadual publicado na quinta-feira (30), quando o governador Eduardo Leite
também através de transmissão pelas redes sociais, informou que as escolas da rede pública devem voltar às aulas apenas em 1 de junho. Já a rede privada, segundo o governador, poderá retomar ainda em maio suas atividades, dependendo dos resultados do distanciamento controlado. Segundo Leite, será apresentado um protocolo específico para a rede de ensino.
Nesse contexto, o Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe/RS) recomenda que os estabelecimentos de ensino da Capital sigam a orientação do decreto municipal. Conforme o presidente do sindicato, Bruno Eizerik, as demais cidades do Estado devem estar atentas à situação da proliferação do vírus em suas regiões para decidirem sobre a retomada das atividades, seguindo os decretos de cada município. "Provavelmente, esses decretos terão como base a análise dessas bandeiras e poderão ser atualizados conforme a velocidade de avanço do vírus, estágio de evolução da doença, incidência de novos casos e capacidade hospitalar de atendimento”, pontua Eizerik.
O sindicato orienta, ainda, que as instituições de ensino de Porto Alegre sigam com as atividades remotas, que já vem sendo realizadas desde o dia 19 de março. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sinepe, 98,4% das instituições estão oferecendo atividades domiciliares aos seus alunos, dando continuidade, assim, ao ano letivo. Destas, 97,4% estão fazendo uso de plataformas on-line e aplicativos para transmitir conteúdos e todas seguem com a interação entre alunos e professores por meio de recursos digitais.
Em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o período de distanciamento social, 96,2% das escolas afirma que está apresentando novidades aos alunos, enquanto 3,1% estão revisitando o que já havia sido trabalhado.
As atividades de ensino individual de música, dança e artes foram liberadas em Porto Alegre no último decreto, desde que cumprindo as orientações de higiene e distância.