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Saúde

- Publicada em 03 de Maio de 2020 às 20:50

Estado contabiliza mais de 1,6 mil casos de dengue

Descuido da população com criadouros leva a crescimento de casos

Descuido da população com criadouros leva a crescimento de casos


FÁBIO RODRIGUES POZZERBOM/ABR/JC
Além do avanço do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, o Estado, agora, conta com uma outra preocupação: o crescimento no número de casos de dengue. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), a pasta registrou, até 22 de abril, 3.058 notificações suspeitas da doença. Destas, 1.684 foram confirmadas, sendo 1.359 autóctones (que se originam na região onde é encontrada) e 325 importadas.
Além do avanço do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, o Estado, agora, conta com uma outra preocupação: o crescimento no número de casos de dengue. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), a pasta registrou, até 22 de abril, 3.058 notificações suspeitas da doença. Destas, 1.684 foram confirmadas, sendo 1.359 autóctones (que se originam na região onde é encontrada) e 325 importadas.
Dos 497 municípios, 387 (77,86%) já registraram casos de dengue. Das notificações, 717 foram descartadas, 610 continuam aguardando investigação e 47 tiveram análises inconclusivas. Foram registrados, ainda, quatro óbitos, os quais se concentraram nos municípios de Santo Ângelo e Santo Cristo.
Das 19 Coordenadorias Regionais da Saúde, 16 confirmaram casos autóctones. Destes, 65,2% correspondem a moradores de Cerro Largo, Santa Rosa, Santo Cristo, Constantina e Três Passos.
Em um comparativo de 2010 a 2020, o Estado apresentou, até o momento, o maior número de notificações e autoctonia desde 2016. Já no comparativo de 2000 a 2020, o Rio Grande do Sul registrou um aumento significativo no número de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti. Os dados fazem parte da semana epidemiológica 17, que corresponde ao período cumulativo de 29 de dezembro de 2019 a 22 de abril deste ano.

Mais tempo em casa pode ser usado para cuidados com prevenção

Apesar do número de casos elevados na semana epidemiológica 17, a responsável pelo setor de arboviroses do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cátia Favreto, aponta que o número já cresceu se levarmos em consideração a semana epidemiológica 18. "Especificamente, estamos com 1.702 casos confirmados", afirmou, adiantando dados a serem divulgados nos próximos dias.
Para ela, um dos motivos para o crescimento dos casos no Estado pode estar ligado à falta de cuidados da população. "Em 2016, tivemos um número alto de notificações e confirmações, mas, apesar dos mutirões de conscientização e de limpeza daquele ano, acredito que, depois, a população acabou relaxando um pouco."
As recomendações são sempre as mesmas. E, levando em consideração o período de isolamento social causado pela pandemia de coronavírus, ela orienta que a população aproveite o tempo em casa para adotar cuidados de prevenção à dengue. "É importante que, neste período de quarentena, as pessoas limpem o pátio, mantenham caixas d'água fechadas, piscinas tampadas, que tirem os pratinhos dos vasos de flores, não deixem água acumulada, utilizem repelente indicado por um médico e, se possível, usem telas em janelas."
Cátia reforça, ainda, que esses cuidados podem evitar um possível impacto no sistema de saúde. "A dengue pode aumentar a procura por atendimento. Se o caso for grave, o paciente pode precisar de um leito hospitalar." Apesar disso, ela orienta que as pessoas que tiverem sintomas como febre, cefaleia, dores no corpo e nas articulações procurem auxílio médico.