Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 27 de Abril de 2020 às 14:22

Anvisa discute liberar aplicação de teste rápido para Covid-19 em farmácias

Debate sobre a medida surge diante da forte pressão do Planalto para ampliar o número de testes

Debate sobre a medida surge diante da forte pressão do Planalto para ampliar o número de testes


KENZO TRIBOUILLARD/AFP/JC
Agência Estado
Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discutem nesta terça-feira (28) se liberam a aplicação de testes rápidos de coronavírus em farmácias. Atualmente, testes rápidos são aplicados em ambiente hospitalar e clínicas das redes pública e privada.
Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discutem nesta terça-feira (28) se liberam a aplicação de testes rápidos de coronavírus em farmácias. Atualmente, testes rápidos são aplicados em ambiente hospitalar e clínicas das redes pública e privada.
A proposta será levada pelo presidente-substituto da agência, Antonio Barra Torres, médico e contra-almirante, tido como conselheiro de Jair Bolsonaro para assuntos de saúde. Segundo integrantes do governo, a cúpula do Ministério da Saúde chegou a resistir à proposta, mas passou a apoiá-la recentemente. O novo ministro da pasta, Nelson Teich, tem dito que melhorar o grau de informação sobre a doença no Brasil é pilar de sua estratégia de resposta à pandemia, que tem como um dos pontos a saída do distanciamento social, como defende Bolsonaro.
O receio de autoridades de saúde, como da Organização Mundial de Saúde (OMS), é que testes rápidos têm alto índice de "falso negativo", se aplicados nos primeiros dias de sintomas da doença. A expectativa de fontes do ministério de Teich é que a Anvisa aceite a aplicação em farmácias, mas exigindo que o teste seja feito apenas após alguns dias do surgimento de sintomas da doença.
A forte chance de falso negativo, nos primeiros dias, deve-se à característica do exame, que detecta anticorpos para a doença. Essas substâncias só surgem quando o corpo reage ao vírus, o que leva alguns dias. Por isso, autoridades recomendam uso de testes do tipo RT-PCR, mais lento e caro, para garantir diagnóstico preciso para a Covid-19.
Segundo integrantes do ministério, há forte pressão do Palácio do Planalto para ampliar o número de testes no País. A Saúde tem sinalizado que pretende aumentar o público-alvo para exames de diagnóstico rápido. No começo da crise, o Ministério da Saúde recomendava apenas a aplicação de testes rápidos para quem atua na linha de frente do combate à doença, como profissionais da saúde. Em boletim epidemiológico publicado na última semana, no entanto, o ministério afirma que deseja "progressivamente" incluir idosos, portadores de condições de risco para complicações da Covid-19 e a população economicamente ativa na rotina de testagem. A ideia seria também aumentar a carteira de curados e imunes à doença que poderiam retornar ao trabalho, dizem integrantes do governo.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO