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Geral

- Publicada em 22 de Abril de 2020 às 12:09

Gaúcho trabalha na reforma de hospital nos EUA para doentes de Covid-19

Matheus Bonnel teve jornada de 12 horas por dia para concluir reforma em 15 dias

Matheus Bonnel teve jornada de 12 horas por dia para concluir reforma em 15 dias


MATHEUS BONNEL/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
"Missão cumprida. Trabalho terminado", disse o gaúcho Matheus Bonnel, no fim da tarde dessa terça-feira (21), ao sair de um hospital na cidade de East Orange, no estado de New Jersey, próximo à cidade de Nova Iorque, epicentro da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos.            
"Missão cumprida. Trabalho terminado", disse o gaúcho Matheus Bonnel, no fim da tarde dessa terça-feira (21), ao sair de um hospital na cidade de East Orange, no estado de New Jersey, próximo à cidade de Nova Iorque, epicentro da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos.            
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Matheus não estava internado. Ele trabalhou por 15 dias contra o relógio para deixar o antigo hospital militar que estava abandonado em condições de receber doentes de Covid-19. "Isso é uma prova de que quando as pessoas querem, se unem e fazem as coisas acontecerem, não importa o tempo que vai levar." A falta de estrutura de saúde é um dos maiores gargalos e que provoca milhares de mortes na região, maior números do país. 
O gaúcho, que reside há 19 anos nos Estados Unidos - ele se mudou de Porto Alegre para Nova Iorque um mês antes do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 -, contou ao Jornal do Comércio que teve jornadas de 12 horas horas diárias para que a reforma fosse concluída. Esta semana começam a chegar camas e equipamentos para poder reabrir e atender pacientes. 
"Foi ótimo o trabalho e fazer minha parte social e ajudar o próximo", destaca Matheus. "Agora é esperar que cheguem os pacientes." Ele gravou um vídeo para o Jornal do Comércio mostrando como estava a área interna da estrutura, o controle e a proteção que os trabalhadores como ele tinham de usar.
"Tem fila na entrada onde todos são catalogados com nome, endereço e horários de trabalho. É tudo muito controlado pelo governo." 

Como ficou o hospital que receberá doentes de Covid-19 em New Jersey     

O hospital militar estava abandonado. O governo federal investiu US$ 10 milhões na reforma. São 200 leitos, com áreas para UTI e leitos clínicos. A área interna foi toda remodelada, com instalação de ar condicionado, vedação nas janelas e paredes que permitam maior isolamento e evite infecções, conta Matheus.
A equipe em que ele atuava começava o turno às 7h e ia até as 19h. Como tinha todo o preparo e controles, Matheus chegava antes das 6h. No fim do dia, outra turma chegava para assumir o turno às 19h e virar a noite trabalhando. Cerca de cem pessoas atuaram na reforma. Apenas quem tem o social security, que é um registro (tipo identidade) de cidadãos e residentes permanentes, por exemplo. 
Matheus Bonnel já tem cidadania americana e atua em construção civil na região de Nova Iorque. Ele é casado com a também gaúcha Mariana Hausen de Castro e pai da pequena Victoria, que vai completa um ano em maio. Mariana e Victoria estão em regime total de isolamento no apartamento no bairro de Sunnyside, no distrito do Queens.
"Quando volto para casa, deixo tudo em uma área de descarte para reduzir riscos. Na obra, todos os dias temos baixas de trabalhador que não pode mais ir, pois está com Covid-19", descreve. 
Ele comenta que a pandemia paralisou obras na região. Isso tem gerado grandes dificuldades para quem é ilegal. "As pessoas estão tendo muita dificuldade, até para comer", descreve o gaúcho. A rotina também mudou com novos hábitos. "As pessoas não saem sem máscara. Parece que estamos vivendo em outro mundo. É tudo muito estranho."     
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