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Litoral do RS pode ter ondas de até cinco metros de altura, diz Marinha
Em Torres, mar agitado cobre a faixa de areia na visão a partir do Morro das Furnas
NANÁ HAUSEN/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Quem mora no litoral do Rio Grande do Sul deve se preparar. A ressaca que deixa o mar mais violento nos últimos dias vai aumentar. O boletim do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) alerta para a ocorrência de ondas de até cinco metros de altura entre esta quinta-feira (9) e a manhã de sábado (11).
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Quem mora no litoral do Rio Grande do Sul deve se preparar. A ressaca que deixa o mar mais violento nos últimos dias vai aumentar. O boletim do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) alerta para a ocorrência de ondas de até cinco metros de altura entre esta quinta-feira (9) e a manhã de sábado (11).
As ondas gigantes, para o padrão da região, vão atingir o litoral gaúcho e o sul de Santa Catarina, na região de Laguna, segundo o CHM, e são efeito da passagem de uma frente fria que pode "provocar ventos de direção Sudeste, com intensidade de até 60 km/h", informa o boletim desta quarta do órgão ligado à Marinha.
"Os ventos associados a esse sistema poderão ocasionar agitação marítima resultando em ondas de direção Sudoeste a Sudeste, com até 5 metros de altura", descreve o CHM.
Moradores vêm sentindo os efeitos da ressaca desde a sexta-feira passada. Até esta quarta-feira (8), a altura das ondas era prevista em três metros. Os boletins emitidos diariamente são acompanhados por pescadores e outros serviços de navegação que recebem a recomendação para evitar entrar no mar.
Em Torres, esta quarta teve sol, com queda de temperatura e o mar bastante agitado. Muitas pessoas desafiaram as ondas e chegaram a encarar as pedras na área dos molhes, na divisa com Santa Catarina, onde tem um farol. A rebentação quase encobria a linha de pedra que entra no mar.
No ponto em que o rio Mampituba encontra o Oceano Atlântico, um homem se arriscava com jet-ski nas fortes ondas e próximo às pedras. A cena foi flagrada por uma moradora.
Ondas encobriram os molhes, na divisa do RS com Santa Catarina. Foto: Naná Hausen/Divulgação
O comandante da Agência da Capitania dos Portos de Tramandaí, o capitão de corveta Darcy da Cunha Dalbon, explica que no trecho é permitida a navegação de interior, que é a feita por equipamentos como as motos aquáticas, mas que os pilotos estão se expondo a perigo ao desafiar a ressaca. "Eles sabem do risco, mas mesmo assim entram na água", lamenta Dalbon.