O Rio Grande do Sul perdeu sua oitava vida nesta segunda-feira em razão do novo coronavírus (Covid-19). A vítima foi uma mulher idosa de 90 anos, moradora de Porto Alegre, que estava internada desde o dia 28 de março na UTI do Hospital Mãe de Deus.
No Brasil, conforme atualização realizada ontem pelo Ministério da Saúde, já são ao menos 553 mortes - um aumento de 67 novos óbitos em relação ao dia anterior. O número, porém, é menor do que o real, na medida em que as secretarias estaduais atualizam seus dados depois da apresentação do governo federal. O total de casos confirmados em todo o País chega a 12.056. A taxa de letalidade da doença segue subindo e, nesta segunda-feira, alcançou 4,6% (no domingo era de 4,4%).
O Estado tem um total de 501 casos confirmados da doença em 67 cidades. Em Porto Alegre, são ao menos 253 ocorrências. Bagé vem logo em seguida, com 26 casos. O terceiro município com mais casos no Rio Grande do Sul é Caxias do Sul, com 21. A letalidade do novo coronavírus em território gaúcho é de 1,59%.
São Paulo concentra 60% das mortes de todo o Brasil, com 304 vítimas fatais e 4.866 casos. O Acre é o único estado do País que não registra óbito causado pela doença.
Foi confirmado ontem que, na sexta-feira passada, faleceu a vítima mais jovem da Covid-19 no Brasil. Trata-se de um bebê de três meses, morador de Iguatu, pequena cidade no Ceará. De acordo com George Xavier, secretário de Saúde do município, a criança nasceu com síndrome de Bartter - uma alteração nos rins que afeta a taxa de potássio no sangue. "O vírus agravou o quadro, mas ela já estava bastante debilitada", disse o secretário.
Das 553 mortes no País, 440 tiveram investigação concluída e apontam que 81% das vítimas fatais tinham mais de 60 anos de idade. Além disso, conforme o Ministério da Saúde, 22% das pessoas que morreram não apresentavam doenças prévias, as chamadas comorbidades.
A evolução da pandemia no Brasil mostra como a Covid-19 vem em uma escalada de crescimento. Após o primeiro caso, o País levou 17 dias para chegar a 100 ocorrências. Mais sete dias foram necessários para se chegar aos mil casos. Quatorze dias depois do caso número mil, o Brasil chegou a 10 mil registros da doença.
Em um dia agitado em Brasília, no qual uma possível demissão do Ministro da Saúde foi fortemente aventada, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Oliveira voltou a reforçar a importância do isolamento social como política de saúde pública no atual momento da pandemia. "Não tenho dúvida que as medidas de distanciamento social são fundamentais para que o sistema de saúde se organize. Distanciamento não é para impedir que as pessoas se contagiem. No distanciamento social, o paciente é o sistema de saúde, não a pessoa", disse o epidemiologista.