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Saúde

- Publicada em 02 de Abril de 2020 às 21:00

Brasil já tem 299 mortes por Covid-19

Plataforma on-line do ministério mostra estrutura dos estados para enfrentar a crise

Plataforma on-line do ministério mostra estrutura dos estados para enfrentar a crise


Reprodução/MS/JC
Seguindo a tendência de aumento diário de mais de mil casos, o Brasil chegou nesta quinta-feira ao total de 7.962 confirmações de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19). Já são ao menos 299 mortes causadas pela doença, conforme atualização apresentada à tarde pelo Ministério da Saúde. Assim, o índice de letalidade no País é de 3,8%. O dado oficial do ministério era de 7.910 casos, mas não contabilizava pelo menos 52 novas confirmações no Rio Grande do Sul.
Seguindo a tendência de aumento diário de mais de mil casos, o Brasil chegou nesta quinta-feira ao total de 7.962 confirmações de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19). Já são ao menos 299 mortes causadas pela doença, conforme atualização apresentada à tarde pelo Ministério da Saúde. Assim, o índice de letalidade no País é de 3,8%. O dado oficial do ministério era de 7.910 casos, mas não contabilizava pelo menos 52 novas confirmações no Rio Grande do Sul.
As 58 mortes confirmadas de quarta para quinta-feira representam o pior dia da doença no Brasil até agora. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) registra 386 ocorrências de contaminação, com cinco mortes - letalidade de 1,2%. Em apenas cinco estados do País não ocorreram óbitos pela doença - Acre, Amapá, Mato Grosso, Roraima e Tocantins. Com 3.506 casos e 188 mortes, São Paulo tem o quadro mais grave do Brasil.
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Os novos casos totalizaram 1.076. O resultado significou um aumento de 16% em relação ao total registrado antes. No dia anterior, o aumento havia sido de 20%. "Essa é uma notícia boa. Mostra que estamos tendo resultado em nossas medidas", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O Ministério trouxe uma informação nova nesta quinta-feira ao dizer que o primeiro caso no país foi registrado em 23 de janeiro, mais de um mês antes da data anterior, que era de 26 de fevereiro. "Lembrem-se que estamos fazendo a investigação de casos internados. Muitos desses casos estão com material colhido, e nós tivemos a partir de investigação retrospectiva a identificação do primeiro caso confirmado, ele é da semana epidemiológica 4, de 23 de janeiro", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.
Do total de mortes no Brasil, 256 já tiveram investigação concluída. A análise mostra que 89% dos óbitos foram de pessoas com idade acima de 60 anos (227 pessoas).
O Ministério da Saúde colocou no ar nesta quinta-feira uma plataforma on-line que acompanha a disponibilidade de leitos e insumos na área da saúde no País (https://covid-insumos.saude.gov.br/paineis/insumos/painel.php). Conforme a pasta, são 30.623 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Brasil, compreendendo os que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os que atendem a rede privada. No Rio Grande do Sul, são 837 leitos de UTI. O número é pouco mais da metade do total de Santa Catarina (1.630) e também muito inferior ao do Paraná (2.006). Conforme os dados do portal do ministério, são 0,00007 leitos de UTI por pessoa no Estado. Em Santa Catarina, são 0,0002 leitos de UTI por pessoa.
Na entrevista coletiva desta quinta-feira, Mandetta também falou sobre o cadastro de profissionais da saúde que foi criado pelo ministério. Entidades, como o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro se manifestaram contra a medida afirmando tratar-se de uma convocação obrigatória. "Criamos um cadastro de profissionais. É um cadastro voluntário. Se tiver necessidade, vamos convocar sim. A lei permite a convocação. Mas, por entanto, não há necessidade. Por enquanto é só um cadastro para quem se coloca à disposição para ir atuar em outro estado", disse.

Governo tem 'plano de logística' para buscar equipamentos na China, diz Mandetta

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a afirmar, nesta quinta-feira, que o governo possui um "plano de logística" para, se necessário, enviar aviões à China para buscar equipamentos. As principais demandas do País são focadas em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas e máscaras, e respiradores. O desafio, no entanto, é garantir a entrega dos produtos diante da demanda mundial.
Segundo Mandetta, a estratégia tem sido pensada pelo ministro dos Transportes, Tarcísio de Freitas, que também organiza a distribuição interna de equipamentos de saúde. O ministro da Saúde falou com a imprensa ao lado do procurador-geral da República, Augusto Aras, com quem esteve reunido por mais de duas horas para pensar em uma atuação conjunta durante a pandemia.

Os prazos de entrega dos equipamentos, conforme contratos firmados recentemente, podem levar 30 dias. Até lá, Mandetta garante que os estados estão abastecidos com um "bom grau" de equipamentos. Ainda segundo o ministro, o governo enfrentou dificuldades até encontrar uma empresa e firmar contrato, na quarta-feira, de
R$ 1 bilhão para a compra de 8 mil ventiladores mecânicos. Ainda assim, há risco de que o fornecedor não consiga realizar o transporte e o governo vá buscar os equipamentos.

"Fizemos uma compra muito grande. Agora, entre o contrato assinado e o produto recebido, só comemoro o produto recebido, porque mesmo com contratos assinados, às vezes chega na data e quem está com contrato assinado não consegue entregar. Mas, se houver necessidade de logística internacional, o ministro Tarcísio está preparado. Se tiver necessidade de irmos para China, a Wuhan, nós temos condições", declarou.
Mandetta lembrou que a China produz mais de 90% dos equipamentos de saúde do mundo, o que terá que ser reavaliado após a pandemia. A China ficou dois meses sem vender equipamentos.