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- Publicada em 03 de Abril de 2020 às 03:00

Coronavírus: Estudo liga isolamento à evolução mais lenta das ocorrências no País

A epidemia da Covid-19 no Brasil evolui de forma mais controlada do que em outros países, como China, Itália, Espanha e EUA. Esse crescimento mais lento estaria relacionado ao o País ter tomado as medidas de contenção logo no início. Mas especialistas alertam para o risco da subnotificação.
A epidemia da Covid-19 no Brasil evolui de forma mais controlada do que em outros países, como China, Itália, Espanha e EUA. Esse crescimento mais lento estaria relacionado ao o País ter tomado as medidas de contenção logo no início. Mas especialistas alertam para o risco da subnotificação.
As conclusões estão na quinta nota técnica do grupo de especialistas da PUC-RJ, da Fiocruz e do Instituto D'Or, o Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (Nois), que acompanha a evolução da Covid-19 no Brasil na comparação com outros países. "O isolamento funciona e está funcionando", afirmou o infectologista Fernando Bozza, da Fiocruz e do Instituto D'Or, um dos autores do levantamento. "O cenário era para ser pior, não há a menor dúvida."
Segundo ele, é crucial que as medidas de isolamento sejam mantidas de forma rigorosa pelas próximas duas semanas porque o pico da epidemia deve ocorrer entre os dias 25 e 30 de abril. "É agora que precisamos ter mais cuidado: o único trunfo que temos é o isolamento. Se afrouxarmos essas medidas não haverá leitos para todos", disse Bozza.
Conforme os especialistas, no entanto, parte do crescimento controlado pode ser atribuído também à subnotificação e à demora na notificação dos casos. O problema seria mais grave em São Paulo, onde haveria mais de 15 mil exames atrasados.
De acordo com o trabalho, assinado por 14 especialistas, "embora parte deste efeito possa se dever às medidas de contenção, ressalta-se que o Brasil apresenta duas dificuldades na mensuração do total de casos positivos identificados: ausência de uma política de testagem ampla e o atraso na obtenção dos resultados e notificações". Ainda de acordo com o levantamento, "a primeira afirmação deve-se ao fato de não haver testes suficientes para analisar a evolução da doença na população". "Já a segunda se deve ao aumento da demanda por testes, associada à falta de recursos e mão de obra qualificada." 
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