A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS) confirmou ontem a quarta morte pelo novo coronavírus (Covid-19) no Estado. Trata-se de uma mulher idosa, de 84 anos, moradora de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
A vítima estava internada desde a terça-feira passada e faleceu no último sábado. Segundo a SES-RS, a mulher tinha doenças crônicas cardíaca, renal, pulmonar, neurológica e diabetes. No Rio Grande do Sul, já são 254 casos confirmados da doença, espalhados por 48 municípios. No Interior, as cidades de Bagé, com 15, e Caxias do Sul com 13, são as que contam com mais confirmações.
No Brasil, já são, ao menos, 159 mortes causadas pela Covid-19. Já os casos confirmados chegam a 4.579. Os estados com mais casos são São Paulo (1.451), Rio de Janeiro (600), e Ceará (372).
O índice de letalidade atingiu 3,5% com o balanço desta segunda-feira, acima do verificado no balanço de domingo, quando ficou na casa dos 3,2%. O Ministério da Saúde espera que a taxa caia com a realização de mais testes.
Na entrevista coletiva diária com a atualização dos números nacionais, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a população tem que seguir as orientações dos estados na condução das ações de combate ao coronavírus. A afirmação contraria frontalmente o discurso que tem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que não tem poupado críticas duras aos estados, por causa das quarentenas. "Tenho dialogado com os secretários municipais e estaduais dentro do que é técnico, dentro do que é científico, dentro do planejamento. O que (conversamos) é o que a gente precisa ter na saúde nesta semana, e nas outras semanas, para que a gente possa imaginar qualquer tipo de movimentação que não seja esta que estamos", disse Mandetta. "Por enquanto, mantenham a recomendação dos estados, porque essa é, no momento, a medida mais recomendável, já que temos muitas fragilidades no sistema de saúde, que são típicas não de falta do Ministério da Saúde ou do governo", complementou.