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Coronavirus

- Publicada em 12 de Março de 2020 às 16:59

Coronavírus: Gaúcha relata corrida aos mercados em Barcelona

Letícia precisou pegar o metrô para visitar quatro mercados, em busca de água e alimentos

Letícia precisou pegar o metrô para visitar quatro mercados, em busca de água e alimentos


FOTOS ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
A confirmação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da pandemia de coronavírus alarmou moradores e visitantes de muitas cidades europeias, que já começam a alterar hábitos e rotinas. No Rio Grande do Sul, universidades interromperam aulas e diversos eventos foram adiados ou cancelados.
confirmação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da pandemia de coronavírus alarmou moradores e visitantes de muitas cidades europeias, que já começam a alterar hábitos e rotinas. No Rio Grande do Sul, universidades interromperam aulas e diversos eventos foram adiados ou cancelados.
Em Barcelona, distante pouco mais de 600 quilômetros de Madri (Espanha), a quinta-feira (12) foi de corrida aos supermercados em busca de água, papel higiênico e alimentos não perecíveis, que já começam a rarear nas prateleiras. Aulas foram canceladas e a orientação do governo local é para que as empresas permitam que os funcionários trabalhem de casa, para evitar aglomerações e a permanência por muitas horas em ambientes compartilhados.
Em viagem pela cidade catalã, a advogada porto-alegrense Letícia Scherer foi surpreendida com a escassez de produtos no mercado de bairro que frequenta diariamente. “As pessoas meio que se apavoraram um pouco, não tem mais quase água no mercado e pouco estoque de alimentos não perecíveis. Até então eu não tinha percebido essa situação, mas agora vejo as pessoas realmente preocupadas”, comenta Letícia, que há 20 dias chegou à Europa e está fixada em Barcelona, onde reside o namorado.
Até quarta-feira (11), quando houve o anúncio de pandemia, a turista não percebia mudança na rotina da cidade, apenas um cuidado individual maior com questões de higiene e uso de álcool gel, principalmente no transporte público. Segundo ela, ninguém transitava pelas ruas vestindo máscara, os pontos turísticos funcionavam normalmente as pessoas não pareciam evitar os shopping centers, parques e praças. “Nesses locais não notei diferença de público até então, as pessoas apenas evitavam ir aos cinemas e locais mais fechados e, sobretudo, cuidavam mais da higiene, sendo orientadas a procurarem atendimento médico a qualquer sinal de gripe", conta.
Nos aeroportos, segundo ela, a movimentação também seguia normal, mas os vôos com saída de Barcelona já foram cancelados a partir desta quinta-feira (12). Eventos de grande porte como congressos e shows também começam a ser adiados e o jogo da  Liga dos Campeões, marcada para 18 de março, entre Barcelona e Napoli, será realizado com portões fechados. “Hoje a situação começou a piorar por conta dos noticiários e pronunciamento do governo para que as pessoas adotem o esquema de home office no trabalho e sejam canceladas as aulas. A orientação tem sido para as pessoas se cuidarem e não criarem pânico, mas eu mesma estou indo a um mercado maior em busca de água e para fazer um estoque de não perecíveis”, comenta a advogada, que teve de peregrinar por quatro supermercados para adquirir alimentos e garrafas de água.
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Alimentos não perecíveis já começam a faltar nas prateleiras dos supermercados de Barcelona nesta quinta-feira
Letícia ainda planejava viajar a Portugal antes de regressar ao Brasil, no dia 22 de março, mas deverá permanecer na cidade espanhola por mais tempo, até que consiga remarcar o voo de retorno. A turista já havia cancelado a ida à Milão (Itália), no início do mês, quando começaram a aumentar os casos da doença naquele país. Segundo ela, as próprias companhias aéreas europeias estão flexíveis em relação aos cancelamentos e trocas de passagens e têm, inclusive, tomado a iniciativa de realizar os procedimentos e comunicá-los aos passageiros, sem onerá-los.
A gaúcha não demonstra medo em relação ao contágio da doença, pois diz que viajou já sabendo da necessidade dos cuidados que deveria ter e tem reforçado essa conduta, no entanto, confessa apreensão diante da possibilidade de escassez de comida, de água e de produtos de higiene. "O receio maior e que apavora é ver as prateleiras vazias dos mercados, os vôos cancelados. Esse receio, hoje, já está virando uma preocupação", revela. A Espanha já é apontada como segundo país da Europa com o maior número de infectados pelo coronavírus, mais de 2 mil doentes, enquanto que a Itália apresenta a situação mais crítica, com quarentena em todo o território e mais de 10 mil enfermos confirmados. 
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