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- Publicada em 09 de Março de 2020 às 19:43

Excelência de materno da PUCRS não se manteria em outros hospitais, opinam entidades

Setores da saúde querem alternativas para a crise do São Lucas que evitem fechamento

Setores da saúde querem alternativas para a crise do São Lucas que evitem fechamento


NÍCOLAS CHIDEM/JC
Diego Nuñez
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o Conselho Regional de Medicina (Cremers) e a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) se uniram em torno de uma pauta: impedir o fechamento do setor Materno-Infantil do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul(Pucrs).
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o Conselho Regional de Medicina (Cremers) e a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) se uniram em torno de uma pauta: impedir o fechamento do setor Materno-Infantil do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul(Pucrs).
O São Lucas é um centro de referência não só para o Estado, mas também para todo o Brasil. As entidades unidas avaliam que “certamente vai haver prejuízo para o exercício da boa medicina em Porto Alegre". "Não é assim, simplesmente fechar e deslocar essa expertise para um outro local. Demora até um local se tornar um centro de excelência”, ponderou Eduardo Trindade, presidente do Cremers.
A Pucrs ainda não confirmou o fechamento do setor, mas divulgou nota alegando que o “reposicionamento” seria “decorrente da rápida mudança no perfil epidemiológico, fruto da inversão da pirâmide etária”. No Brasil do futuro, haverá mais pessoas idosas do que crianças e recém-nascidos.
Porém, a justificativa da universidade, para as entidades, “é apenas um jeito politicamente correto para o fechamento de serviço”, como definiu Marcelo Matias, presidente do Simers. Segundo ele, “o que tem ali é um desejo, sim, por questões financeiras”. O setor estaria sendo fechado por uma crise econômica no São Lucas, e a ala materna não seria mais financeiramente atrativa para o hospital filantrópico.
Na metade de 2018, uma emenda parlamentar do Congresso Nacional garantiu investimento de R$ 33 milhões para reformas na Obstetrícia e UTI Pediátrica, entre outros setores do Campus da Saúde da Pucrs. “Não se pode tomar uma atitude como essa, que modifica integralmente a rede de assistência à população, sem que seja discutido com todos os entes”, afirmou Matias. Segundo ele, “600 estudantes de medicina e as mulheres da nossa cidade serão prejudicados por uma decisão unilateral, ao que parece, por um problema financeiro”.
Segundo Alfredo Floro Cantalice Neto, presidente da Amrigs, “todo administrador sabe que a pediatria, em um hospital, é deficitária. Ela é praticamente atendida em ambulatório de baixa complexidade”. Ele defende que a saída para questões administrativas e financeiras internas do hospital sejam resolvidas sem o fechamento do setor.
Este está sendo o papel das três entidades, por enquanto. Elas querem mostrar que o hospital “recebeu aportes de dinheiro público, e agora tem que dar essa contrapartida”, como colocou Trindade.
Amanhã, a Assembleia Legislativa vota um requerimento do deputado Thiago Duarte (DEM) que pede uma audiência pública tratando do tema. As entidades estão tentando levar o debate também à Câmara Municipal de Porto Alegre, em uma reunião da Comissão de Saúde na quinta-feira.
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