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- Publicada em 08 de Março de 2020 às 20:04

Entidades se mobilizam pela maternidade do São Lucas

Partos seriam transferidos para o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas

Partos seriam transferidos para o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas


Gilson Oliveira/Palácio Piratini/Divulgação/JC
Fernanda Crancio
Ainda repercute entre comunidade médica e estudantes de Medicina a possibilidade de fechamento da unidade materno-infantil do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). Na sexta-feira passada, além reuniões com a participação de diretores das entidades representativas da categoria, do Diretório Acadêmico da Medicina e do hospital, realizadas na universidade, e da manifestação que mobilizou cerca de 300 estudantes em frente à reitoria da Pucrs pela manhã, foi protocolado, na Assembleia Legislativa, pedido de audiência pública para tratar do tema.
Ainda repercute entre comunidade médica e estudantes de Medicina a possibilidade de fechamento da unidade materno-infantil do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). Na sexta-feira passada, além reuniões com a participação de diretores das entidades representativas da categoria, do Diretório Acadêmico da Medicina e do hospital, realizadas na universidade, e da manifestação que mobilizou cerca de 300 estudantes em frente à reitoria da Pucrs pela manhã, foi protocolado, na Assembleia Legislativa, pedido de audiência pública para tratar do tema.
Solicitada pelo deputado estadual Dr. Thiago Duarte (DEM), a pedido do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), de professores e alunos da Pucrs, a audiência deverá ocorrer no âmbito da Comissão de Saúde e Meio Ambiente do Legislativo, ainda em data a ser definida. Na justificativa do pedido, o parlamentar reforça a intenção de realizar o encontro "o mais breve possível". A intenção é ouvir os gestores da Pucrs e da prefeitura da Capital a respeito do fechamento da maternidade, que faz mais de 200 partos mensais pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "O que agravaria o cenário de desassistência, que já é agudo em Porto Alegre", reforça o deputado.
Segundo ele, a intenção da universidade de transferir os partos, os atendimentos e a residência médica da área materno-infantil para o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) para reduzir custos é alarmante e tende a gerar "desassistência à população". "O Hospital Presidente Vargas tem uma estrutura condenada e atende menos do que o São Lucas, seria como colocar Porto Alegre dentro de Nova Santa Rita", destaca o parlamentar.
Na tarde de ontem, o Simers reuniu, em sua sede, acadêmicos, residentes, professores e médicos do Hospital São Lucas. O sindicato enviará hoje ofícios para a universidade e para as instituições envolvidas solicitando uma posição oficial. Além disso, criou uma comissão especial para tratar do assunto e uma força-tarefa jurídica em relação ao caso.
Diretor do Simers, o médico Marcos Rovinski acompanhou uma das reuniões com professores e alunos da graduação de Medicina da Pucrs, na manhã de sexta-feira, e reforça a preocupação da entidade com a precarização do atendimento. Ele destaca a excelência do ensino e dos serviços prestados pelo Hospital São Lucas e diz que a universidade já estuda a possibilidade de transferir o atendimento para outras instituições, diante da repercussão negativa da ideia inicial de cessão ao HMIPV. "Não há uma definição de onde ficaria o atendimento que é hoje prestado pelo São Lucas. Sabemos que a estrutura do Presidente Vargas é muito precária e já atende a outros programas de residência médica, não tendo infraestrutura adequada para receber os serviços que vierem da Pucrs. Se as negociações avançarem nesse sentido, com certeza se perderá muito em qualidade de ensino e de atendimento", comenta o médico.
De acordo com ele, o Simers solicitou à Pucrs um documento oficial para confirmar e justificar a decisão de fechamento do serviço materno-infantil. Por meio de nota, a universidade manifesta que "a Pucrs e o Hospital São Lucas estão cientes da repercussão entre os alunos e a comunidade em relação aos serviços do hospital," e informa que, neste momento, a prioridade é escutar e dialogar com os diversos públicos. Além disso, diz que "os estudos estão sendo concluídos e, tão logo seja possível, serão apresentados".
Já a prefeitura, que tem contrato com o São Lucas para atendimento à população da Capital via SUS, segue sem se manifestar oficialmente a respeito. A assessoria destaca que o município tem o São Lucas como hospital parceiro de longa data e que existe uma renegociação de contrato em curso, cujos termos ainda estão sendo atualizados. A assessoria confirmou ao Jornal do Comércio que a opção de uso do Presidente Vargas chegou a ser discutida com a Pucrs, assim como outras possibilidades.
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