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Geral

- Publicada em 04 de Março de 2020 às 15:22

'A questão não é criar pânico, é criar uma preparação', diz infectologista

Investir em saúde pública e em informação é um dos principais fatores para combater o vírus

Investir em saúde pública e em informação é um dos principais fatores para combater o vírus


TIMOTHY A. CLARY/AFP/JC
Gabriela Porto Alegre
Com o número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) em constante crescimento no Brasil, especialistas ligados à Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa) orientam a população a não criar pânico quanto à proliferação do vírus, mas se preparar para uma epidemia que, nos próximos dias, deve registrar números ainda maiores. Até terça-feira (3), conforme o Ministério da Saúde, ao menos 488 casos seguiam sob investigação no País. A maioria deles registrado nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Com o número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) em constante crescimento no Brasil, especialistas ligados à Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa) orientam a população a não criar pânico quanto à proliferação do vírus, mas se preparar para uma epidemia que, nos próximos dias, deve registrar números ainda maiores. Até terça-feira (3), conforme o Ministério da Saúde, ao menos 488 casos seguiam sob investigação no País. A maioria deles registrado nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
De acordo com professor de saúde coletiva da Ufcspa, Airton Stein, desde a confirmação do primeiro caso, em dezembro passado, em Wuhan, na China, o vírus se mostrou bastante dinâmico, já que a sua transmissão pode acontecer tanto de forma assintomática, quanto sintomática. “As infecções pelo coronavírus, geralmente associadas a quadros de pneumonia, podem acontecer também sem que o infectado apresente algum sintoma, o que pode dificultar a contenção do surto”.
Stein reforçou ainda a importância da vigilância internacional para a contenção de novos vírus. “Saúde pública de precisão para esses casos não é exagero, porque geralmente o que não se sabe sobre um vírus, é o mais importante. Então, mais do que nunca, temos necessidade de investir em saúde pública e de entender a vigilância internacional como essencial para a contenção de epidemias”, afirmou.
No mesmo compasso, o infectologista Paulo Behar destacou a rápida evolução da doença em pacientes mais graves. Segundo ele, entre o contágio inicial e o óbito, o tempo percorrido é de cerca de 15 dias. A taxa de casos graves provocados pelo vírus é mais elevada que a de outras viroses respiratórias: 5% dos contaminados necessitam de atendimento em unidade de tratamento intensivo (UTI). “Uma curiosidade é que, na maioria dos casos relatados do Covid-19, o paciente não apresenta febre no quadro inicial da doença, mas passa a apresentá-lo ao longo do tratamento”, explicou.
Infectologista do Controle de Infecção da Santa Casa, Claudio Stadnik afirmou que apesar das inúmeras informações que surgem diariamente sobre o coronavírus, não é o momento de a população entrar em desespero, uma vez que antes da epidemia chegar ao Brasil, os órgãos de saúde já planejavam ações preventivas. “A questão não é criar pânico, é criar uma preparação”, disse, ao reforçar que ainda não há a necessidade do uso de máscara cirúrgica pela população que não manifestou sequer os sintomas da doença.
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