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Geral

- Publicada em 02 de Março de 2020 às 19:05

Cpers reclama da falta de transparência no contracheque dos professores

Helenir Schurer afirma que governo está descantando salário mesmo com aulas recuperadas

Helenir Schurer afirma que governo está descantando salário mesmo com aulas recuperadas


ALEXANDRO AULER/JC
Gabriela Porto Alegre
Depois de um ano letivo turbulento na educação estadual, marcado por mais de 50 dias de greve devido ao embate envolvendo os professores e o governo gaúcho, o Cpers-Sindicato voltou a denunciar a falta de diálogo com o poder executivo. O motivo, desta vez, diz respeito à falta de transparência no contracheque dos profissionais que, durante os dias da paralisação, tiveram que arcar com o corte do ponto eletrônico.
Depois de um ano letivo turbulento na educação estadual, marcado por mais de 50 dias de greve devido ao embate envolvendo os professores e o governo gaúcho, o Cpers-Sindicato voltou a denunciar a falta de diálogo com o poder executivo. O motivo, desta vez, diz respeito à falta de transparência no contracheque dos profissionais que, durante os dias da paralisação, tiveram que arcar com o corte do ponto eletrônico.
No início de fevereiro, trabalhadores que não participaram do movimento grevista relataram ter sofrido descontos na folha de pagamento. À época, o Cpers chegou a solicitar uma reunião com a Secretaria Estadual da Fazenda para esclarecer a situação, o que, em menos de uma semana, foi acatado.
Conforme a presidente do Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, a explicação dos técnicos da Fazenda e da Secretaria de Educação foi de que as alterações eram oriundas de uma mudança de sistema. “Ainda não tivemos uma resposta plausível e nem sequer a correção dos nossos contracheques. Estamos vivendo um momento em que governo está fazendo descontos da greve”, afirmou, mesmo o período de paralisação já tendo sido recuperado. “Um exemplo do nosso salário básico: quem ganha R$ 1.260,00, recebeu R$ 600,00. Só que no contracheque aparece como se os R$ 600,00 fossem o salário básico”, explicou.
A Secretaria da Fazenda informou que as alterações foram aplicadas para todos os contracheques, não somente do Executivo. Conforme a pasta, a mudança é uma forma de evidenciar os valores relativos aos vencimentos mensais, de férias ou 13º salários. “A apresentação da composição de cada natureza de pagamento no contracheque é uma necessidade para elaboração dos arquivos E-Social e atendem a novas exigências contábeis. Essa abertura de informações não tem impacto financeiro aos servidores, nem relação com a greve da educação, pois é apenas um detalhamento de rubricas”.
De acordo com a presidente do Cpers, o último contracheque continua exatamente com a mesma questão e, por isso, a entidade segue se posicionando contra a falta de transparência do Estado. “É uma coisa que não dá para aceitar. Essa queda no (salário) básico pode influenciar futuramente para as aposentadorias”.
Quanto à questão do pagamento dos dias de greve recuperados, Helenir afirmou que o sindicato está trabalhando junto à Assembleia Legislativa e quer, com o apoio dos deputados, dialogar com o governo para buscar resolver a situação. “Os dias de greve já estão recuperados e nós queremos que o governo devolva o nosso salário”. Além desse movimento junto a Assembleia, o Cpers aguarda ainda o julgamento do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) sobre o pagamento dos dias de greve recuperados, que ainda não tem data definida para ocorrer.
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