A prefeitura de Porto Alegre apresentou nesta quarta-feira (19) os resultados contábeis das empresas que compõem os quatro consórcios de transporte público na Capital. Segundo o site do município, dez das 12 operadoras tiveram prejuízo em 2018, conforme a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
A Carris, que pertence ao município, teve o maior saldo negativo, de R$ 19,2 milhões, que foi coberto pelo caixa da prefeitura. Em 2017, foram R$ 43,1 milhões no vermelho. Para 2019, a previsão era de zerar o prejuízo, mas os dados ainda não são conhecidos. A estatal está sem comprar novos ônibus desde 2014 e agora
lançou edital para aquisição de 97 unidades, com empréstimo em bancos.
Apenas a Nortran e a Sociedade de Ônibus Porto Alegrense tiveram lucro há dois anos, conforme a tabela divulgada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) nesta quarta. Os dados mostram ainda que, em 2017, apenas a Porto Alegrense ficou no azul. Já em 2016 todas as empresas tiveram prejuízo.
* Correção: a Carris teve R$ 74,2 milhões de prejuízo em 2016. Fonte: EPTC
A prefeitura diz que a divulgação serve para dar transparência. A liberação dos dados, que são públicos, segundo o secretário Extraordinário de Mobilidade, Rodrigo Tortoriello, mas estariam sendo noticiados dessa forma pela primeira vez, ocorre em meio à discussão sobre o futuro do transporte.
Outras duas propostas com maior impacto na redução preveem a criação de uma tarifa para os aplicativos de transporte e de um pedágio para veículos que vêm de fora da Capital, o que vem sendo muito criticada por prefeitos, principalmente da Região Metropolitana.
Os dados de 2019 são lançados na declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), em abril.