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Geral

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2020 às 12:17

Telão alerta para risco de incêndio no Mercado Público de Porto Alegre

Painel fica suspenso na área central do mercado; cor verde indica que está tudo normal

Painel fica suspenso na área central do mercado; cor verde indica que está tudo normal


ANSELMO CUNHA/JC
Patrícia Comunello
Se você costuma circular toda a semana no Mercado Público de Porto Alegre precisa prestar atenção em uma novidade na área de segurança, mais especificamente contra incêndios. 
Se você costuma circular toda a semana no Mercado Público de Porto Alegre precisa prestar atenção em uma novidade na área de segurança, mais especificamente contra incêndios. 
Um telão suspenso na estrutura metálica sobre a área central onde fica o bará (ponto de rituais de cultura africana com círculo desenhado no chão) apresenta um mapa luminoso completo de todo o mercado, desde a área interna das bancas e lojas até corredores e outros pontos, que agora está sendo 24 horas monitorados por 515 sensores. O sistema integra a infraestrutura prevista no Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI). O plano foi pago pelos 106 permissionários.
"Os equipamentos medem qualquer alteração brusca de temperatura, sinal de fumaça e vazamento de gás", avisa a presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (ASCOMEPC), Adriana Kauer. São 476 dispositivos para fumaça, 20 térmicos, 13 para gás e seis a laser, além de 56 sirenes com iluminação específica para alarme de incêndio. 
Caso haja algum risco, a sirene soa. É o sinal para que os brigadistas do Mercado Público entrem em ação. Os integrantes da associação e os vigilantes foram treinados para atuar, o que inclui verificar a origem do alerta e, em caso de confirmação de foco de incêndio ou outro advento que represente risco maior, acionar os Bombeiros. 
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Telão fica sobre a área central, indicando a situação em cada setor do mercado. Foto: Anselmo Cunha/JC
Ponto vermelho no painel é indicativo de foco de incêndio ou fumaça. A cor amarela sinaliza que o sensor pode estar com algum problema e que pode até não estar fazendo a leitura do risco. Já a cor verde mostra que está tudo na normalidade. "Se está verde, está tudo em paz", resume Adriana, que torce para que a cor seja permanente.
Até agora o sistema mostrou eficácia, garante Adriana. Um dos primeiros testes foi em uma situação real. O princípio de fogo em uma pastelaria registrado em 11 de janeiro, foi detectado pelo painel, que acendeu a luz vermelha dando o sinal para mobilizar os brigadistas. "Tivemos uma ação rápida. Um dos brigadistas foi ao local e apagou fogo e já acionou os bombeiros. O sistema funcionou", alivia-se a presidente.

"Pedimos que as pessoas não fumem" 

O sistema, que terminou de ser instalado em dezembro, já foi acionado outras vezes. Por sorte, eram todos alarmes falsos em relação a fogo, mas serviram para advertir sobre uma prática que é proibida, mas frequentadores do local insistem em fazer. O que fez a luz ficar vermelha em algum ponto do telão foi a fumaça do cigarro de fumantes que ignoram a regra e também agora o detector que não deixa passar uma suspeita.
"Pedimos que as pessoas não fumem, não fumem. O sistema vai ser acionado como se fosse um sinistro, o que gera transtorno, mobiliza os brigadistas, tudo porque alguém resolveu fumar onde é proibido", alerta a presidente a associação.
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Mais de perto, é possível verificar os 515 sensores e qual é a situação em cada ponto. Foto: Anselmo Cunha/JC 
O sistema sem fios, que usa dispositivos com chip que emite sinais monitorados por uma central digital, é o mesmo que opera em igrejas históricas de Minas Gerais, cita Adriana. A busca por este tipo de solução foi proposital devido às características da construção no Centro Histórico de Porto Alegre, que é tombada pelo patrimônio histórico.  
Outro braço da estrutura de prevenção a incêndios é a iluminação de emergência que está sendo instalada no empreendimento. A área dos corredores é a primeira a ganhar os painéis de luzes LED para evitar que, caso falte luz, o local fique às escuras. A instalação começou na semana passada.
Segundo Adriana, são 468 pontos no total, sendo 91 centralizados em áreas comuns e 377 entre salas, lojas e bancas. O conjunto de luzes envolve investimento de R$ 150 mil também custeado pela associação, dentro do orçamento do PPCI. que foi de R$ 1,5 milhão.  
Além de luzes e dos dispositivos que alimentam o telão, o mercado também adotou suporte de água, em caso de fogo, da chamada rede seca, que permite que, caso seja necessário, os bombeiros conseguem conectar mangueiras usando abastecimento externo, além dos hidrantes.       
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Instalação de luzes de emergência começou pelos corredores e chegará a lojas e bancas. Foto: Valéria Pereira/Divulgação 

Sistema integra PPCI o mercado

A instalação baseada em sensores faz parte das medidas do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) e custou R$ 400 mil, valor bancado pela associação. A aprovação do PPCI com obtenção do alvará dos Bombeiros foi uma das medidas após o incêndio de 2013, que consumiu o segundo andar do mercado, que completou 150 anos em 2019. O alvará saiu no primeiro semestre de 2019. Até hoje o segundo piso está inativo, pois é necessário substituir a rede elétrica para dar segurança e evitar novos sinistros. 
A associação, diz Adriana, tinha a intenção de fazer o investimento, que já foi estimado em R$ 1 milhão (novos painéis elétricos) até R$ 2 milhões (com a revitalização completa), mas suspendeu as medidas diante da decisão da prefeitura de abrir processo para repassar a gestão ao setor privado
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Incêndio ocorreu em julho de 2013 e consumiu telhado e segundo andar do empreendimento. Foto: João Mattos/Arquivo/JC
Hoje a prefeitura faz a administração do mercado, que envolve aplicação de recursos arrecadados dos aluguéis pagos pelos permissionários, em torno de R$ 4 milhões anuais, com receita de R$ 330 mil mensais. A associação assumiu a responsabilidade pela contratação e execução do PPCI. 
A Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas prevê lançar o edital, até o fim de março, com os parâmetros finais para eventuais interessados. A previsão era dezembro de 2019. O adiamento foi causado por questionamentos feitos pelo Ministério Público de Contas (MPC) e procedimento aberto pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Integrantes da ASCOMEPC poderão até entrar na disputa. se vingar o interesse de investidores em tê-los como parte dos acionistas. 

Como é a rede de alerta e segurança

Sistema de alerta para incêndio: telão, central de monitoramento, sensores que detectam sinais de risco, sirene com luz de emergência e acionadores manuais. Os equipamentos:
  • Sensores (detectores): 476 (fumaça), térmico - oscilação do calor (20), gás (13) e detector linear a laser (6)
  • Sirenes: 56
Iluminação de emergência (LED): caso falte luz
  • 91 pontos em áreas comuns, como corredores
  • 377 em salas, lojas e bancas  
Fonte: ASCOMEPC
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