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Saúde

- Publicada em 08 de Janeiro de 2020 às 21:32

Verão acende alerta para doenças como dengue, zika e chikungunya

Em 2019, Estado registrou 1.338 casos de dengue e 14 de chikungunya

Em 2019, Estado registrou 1.338 casos de dengue e 14 de chikungunya


MAURO PIMENTEL/AFP/JC
Com a chegada do verão, doenças de incidência típicas da estação, como dengue, zika e chikungunya, se tornam uma preocupação para os gaúchos. Isso acontece porque, desde 2016, o Rio Grande do Sul não registrava um número tão alto de casos de dengue como no último ano. Em 2019, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) chegou a receber 4.148 notificações da doença, sendo 1.338 de casos confirmados. Deste total, 1.182 foram contraídas em solo gaúcho, enquanto as demais foram importadas. De acordo com o Informativo Epidemiológico de Arboviroses, divulgado em dezembro pela SES, foram notificados no Estado 158 casos suspeitos de zika, sendo cinco confirmados, além de 330 notificações de chikungunya, com 14 casos confirmados em 2019.
Com a chegada do verão, doenças de incidência típicas da estação, como dengue, zika e chikungunya, se tornam uma preocupação para os gaúchos. Isso acontece porque, desde 2016, o Rio Grande do Sul não registrava um número tão alto de casos de dengue como no último ano. Em 2019, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) chegou a receber 4.148 notificações da doença, sendo 1.338 de casos confirmados. Deste total, 1.182 foram contraídas em solo gaúcho, enquanto as demais foram importadas. De acordo com o Informativo Epidemiológico de Arboviroses, divulgado em dezembro pela SES, foram notificados no Estado 158 casos suspeitos de zika, sendo cinco confirmados, além de 330 notificações de chikungunya, com 14 casos confirmados em 2019.
Em Porto Alegre, segundo a Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram 1.205 notificações, sendo 460 confirmadas. Conforme Alex Lamas, gerente do setor, dos casos confirmados, 22 eram importados e 438 contraídos em solo gaúcho.
A transmissão das doenças acontece através da picada do Aedes aegypti. No entanto, após a picada, os sintomas da doença não aparecem de forma imediata, uma vez que o vírus possui um tempo de incubação, que varia entre quatro e 10 dias. "Os sintomas mais comuns da dengue, passado esse período, podem incluir dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, lesões ou manchas vermelhas na pele, dor no corpo e febre", diz Lamas.
A dengue é uma doença que não é contagiosa, isto é, não pode ser transmitida de pessoa para pessoa, nem através da água ou de alimentos. Em contrapartida, pode ser transmitida do ser humano para o mosquito. Ou seja, quando o mosquito pica uma pessoa que contraiu a doença, ele fica automaticamente contaminado, podendo propagar a doença.
No que diz respeito ao vírus da zika, doença febril aguda, autolimitada, com duração de incubação de três a sete dias e sintomas como febre intermitente, hiperemia conjuntival, mialgia, dor de cabeça, dor de garganta, tosse e vômito, a Capital registrou, no último ano, dez notificações. No entanto, nenhum caso foi confirmado.
Já em relação a chikungunya, infecção viral que pode apresentar febre acima de 38,5 graus e dores intensas nas articulações, Porto Alegre registrou, em 2019, 30 notificações, sendo dois casos importados confirmados. Após a picada, o período de incubação da doença pode levar de dois a dez dias.
Nestes primeiros dias de 2020, a Vigilância Ambiental do município já registrou 20 notificações relativas à dengue e um de chikungunya. No entanto, eles seguem sob investigação.
Conforme Lamas, é imprescindível que a população se atente para alguns cuidados que podem evitar os focos de criação e proliferação do mosquito. "É importante que se tenha o cuidado com potenciais larvários, que são objetos que acumulam água, como ralos, caixa d'água, vaso sanitário sem uso, lixo mal condicionado e pneus que não são mais utilizados", afirma. Outra questão reforçada por Lamas é que caso alguém apresente os sintomas de uma das doenças, que procure o serviço de saúde com rapidez.
Entre as ações de conscientização do município, unidades de saúde já receberam material informativo sobre a campanha "Chegue Antes do Aedes". "Esse é um trabalho constante durante todo o ano, mas que se intensifica nessa época em que há maior proliferação do mosquito. Além disso, temos acompanhado casos suspeitos e também a infestação do inseto através do site 'Onde está o Aedes?'. Neste site, aberto à população, temos as armadilhas para saber como está o grau de infestação dos mosquitos na cidade".
"Em três anos, capacitamos mais de quatro mil agentes com instruções sobre o que é o mosquito, como ele se apresenta e os principais focos", ressalta Lúcia Mardini, chefe da Vigilância Ambiental do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). Além disso, no último ano, a SES repassou recursos para as vigilâncias em saúde executarem atividades voltadas ao verão, que é a época que requer um cuidado maior quanto ao inseto. "Vamos lançar uma campanha de prevenção ainda neste mês. O Cevs têm trabalhado dia a dia fazendo alertas e promovendo reuniões com secretários de saúde dos municípios, visando o combate ao mosquito". Conforme Lúcia, o Estado ainda não registrou nenhuma notificação relativa à dengue, zika ou chikungunya neste ano.
 

Saiba como combater focos de criação de Aedes aegypti

Tampe caixas d'água, tonéis e latões
Mantenha limpos os bebedouros de animais
Guarde garrafas vazias com o gargalo para baixo
Guarde pneus sob abrigos
Mantenha desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises
Não acumule água nos vasos de plantas
Mantenha a piscina tratada durante todo o ano
Coloque embalagens de vidro, lata e plástico em lixeiras fechadas