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- Publicada em 06 de Dezembro de 2019 às 17:50

Testemunha de padre que substituiu Dorothy Stang no Pará é assassinada

Uma testemunha de defesa do padre José Amaro Lopes de Sousa foi assassinada na noite da última quarta-feira (4) perto de Anapu (749 km a sudoeste de Belém), no Pará, uma das regiões de conflito agrário mais violentas do país.
Uma testemunha de defesa do padre José Amaro Lopes de Sousa foi assassinada na noite da última quarta-feira (4) perto de Anapu (749 km a sudoeste de Belém), no Pará, uma das regiões de conflito agrário mais violentas do país.
O mototaxista Marcio Rodrigues dos Reis, 33, foi morto com uma facada no pescoço por um passageiro que o havia contratado para levá-lo à zona rural. É a 15ª morte vinculada a conflitos de terra desde 2005, ano em que a irmã Dorothy Stang foi assassinada, segundo levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Herdeiro do trabalho da irmã Dorothy junto a assentados e sem-terra, o padre Amaro ficou preso por três meses após ser acusado por fazendeiros de vários crimes, incluindo extorsão. Ele foi solto graças a um habeas corpus dado por unanimidade pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com aCPT, Reis participou, em 2016 em 2017, de um acampamento de sem-terra que reivindicava a fazenda Santa Maria, perto de Anapu. Fazendeiros da região pressionaram omototaxistaa prestar depoimento para acusar Amaro de ter organizado a tomada da fazenda, mas ele se negou.
Depois disso, afirma a comissão, Reis foi preso de forma preventiva sob a acusação de esbulho-apropriaçãoilegal-eporte de arma. Ele passou cerca de nove meses na penitenciária de Altamira (PA).
Em abril do ano passado, o mototaxistafoi novamente preso, desta vez por seis meses, com a segunda acusação por porte de arma.
Solto, deixou Anapu por um ano por causa de ameaça de morte. Voltou há alguns meses, após ter avaliado que não sofria mais riscos.Ele era casado e deixa quatro filhas.
De acordo com a CPT, dos 15 assassinatoscometidos desde 2005, apenas um deles teve mandante identificado e preso.
Procurada, a Polícia Civil do Pará informou que o caso é investigado pela delegacia de Pacajá, cidade vizinha a Anapu, e que nenhum suspeito foi preso até a tarde desta sexta-feira (6).
Folhapress
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