O número de imigrantes residentes no Brasil está em crescimento. Isso porque, segundo o Relatório da Coordenação Geral de Imigrantes Laboral (CGIL) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em um comparativo entre o segundo trimestre de 2018 e 2019, o País registrou um crescimento superior a 70% em autorizações de residência. Somente no segundo trimestre de 2018, foram concedidas 6.865 autorizações, enquanto, no mesmo período de 2019, o número passou para 7.467.
As maiores taxas de imigração foram registradas entre as faixas etárias de 35 a 49 anos. Em 2018, 2.944 pessoas dessa faixa solicitaram residência no País, enquanto, em 2019, o número passou para 3.009. Em seguida, estrangeiros entre 20 a 34 anos também apareciam na lista: 2.707, em 2018, e 2.825 em 2019.
Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o estudo, continuam sendo aqueles com maior concentração no número de autorizações. No entanto, o relatório destacou um crescimento expressivo, entre 2018 e 2019, nos estados do Espírito Santo (de 76 para 203), do Ceará (de 75 para 145) e do Rio Grande do Sul (de 167 para 262).
Para a presidente da Comissão de Direito Imigratório do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marta Mitico, esse crescimento no número de estrangeiros que solicitam residência no Brasil diz respeito ao reaquecimento da economia brasileira e, consequentemente, ao aumento de investimentos estrangeiros no País. "Temos percebido que o aumento do volume de solicitações está fugindo um pouco daquele eixo tradicional São Paulo e Rio de Janeiro. Com isso, nota-se um crescimento acentuado no Rio Grande do Sul, diferentemente dos outros anos. Mais uma vez, isso é uma indicação de que os investimentos estão aumentando no Estado, o que é perceptível também no Ceará e no Espírito Santo", disse.
Entre as principais nacionalidades responsáveis por essa expansão estão italianos, chineses, franceses e portugueses, segundo o estudo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.