Manifestantes pertencentes ao magistério gaúcho ocuparam a praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre, na tarde desta terça-feira (26). O protesto dos professores é contra as
reformas no plano de carreira dos servidores públicos, protocoladas pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), no dia 13 de novembro.
Segundo o Cpers-Sindicato, que representa a categoria, são mais de 15 mil pessoas protestando, entre professores, alunos e entidades que representam outras categorias dos servidores estaduais.
À tarde, houve confronto com a Brigada Militar (BM), que terminou
com dez pessoas feridas, segundo o Cpers, sendo uma delas a presidente do sindicato, Helenir Schürer. Ela foi levada ao Hospital de Pronto Socorro por manifestantes após receber um golpe de cassetete na cabeça durante a ação. A BM reagiu e atirou bombas de gás lacrimogêneo, após um grupo de pessoas derrubar alguns gradis que estavam instalados em frente ao Palácio. Os manifestantes estavam esperando o chefe da Casa Civil para entregar uma carta pedindo a retirada do pacote. Em nota, o Governo do Estado diz repudiar “a lamentável tentativa de invasão do Palácio Piratini por parte de ativistas”, além da ocorrência de dois policiais feridos durante a confusão.
A manifestação ocorreu enquanto a Assembleia Legislativa (AL-RS) vota a alteração da Lei Complementar nº 10.098, de 1994 - um dos oitos projetos do pacote -, um dia depois da
greve dos professores fechar uma semana. Segundo a Secretaria de Educação (Seduc),
são mais de mil escolas, de um levantamento que contabiliza 2244 em todo Estado, afetadas pelas paralisação. Destas, 526 estão com paralisação integral.
Na última sexta-feira (22), o governo anunciou o fim das negociações com a categoria. Na segunda (25), notificou as escolas para que realizem
o corte do ponto dos professores que participarem da greve do magistério estadual.