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Geral

- Publicada em 12 de Novembro de 2019 às 21:36

Desinformação e descaso são os principais motivos da não vacinação no RS

Entre as vacinas em atraso, foram identificadas as de gripe (38,1%), sarampo (20,1%), febre amarela (18,5%) e varicela (12,3%)

Entre as vacinas em atraso, foram identificadas as de gripe (38,1%), sarampo (20,1%), febre amarela (18,5%) e varicela (12,3%)


PATRÍCIA COELHO/PMPA/JC
Gabriela Porto Alegre
Esquecimento, medo de efeitos colaterais, perda de caderneta de vacinação, falta de tempo. Esses foram alguns dos motivos identificados por um estudo inédito realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) em parceria com o Instituto Amostra, em 13 municípios do Rio Grande do Sul, para compreender as causas da não vacinação de crianças até seis anos. Os resultados foram divulgados ontem, em Porto Alegre.
Esquecimento, medo de efeitos colaterais, perda de caderneta de vacinação, falta de tempo. Esses foram alguns dos motivos identificados por um estudo inédito realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) em parceria com o Instituto Amostra, em 13 municípios do Rio Grande do Sul, para compreender as causas da não vacinação de crianças até seis anos. Os resultados foram divulgados ontem, em Porto Alegre.
De acordo com a pesquisa, desinformação e descaso representam a maior parte dos casos de não vacinação (59%), seguido por questões de saúde da criança (31%) e problemas nas Unidades Básicas (30%). Realizado entre 19 e 30 de setembro, o levantamento entrevistou 1.371 responsáveis por crianças menores de seis anos, que deixaram de aplicar alguma vacina do calendário básico, residentes em municípios com baixa cobertura vacinal em 2018, por macrorregião de saúde.
Durante a divulgação dos dados, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, ressaltou a importância da imunização. "A vacina imuniza, previne e protege. A não vacinação pode se traduzir em agravos de saúde, inclusive morte. As pessoas precisam cumprir o papel de garantir os direitos das crianças de terem a acesso à vacinação, porque a proteção é a única forma de evitar que epidemias voltem a circular", afirmou.
Dos entrevistados, 90,3% foram mulheres, 64,9% têm até 24 anos, e 87,8% possuem Ensino Fundamental ou Médio. Segundo o Instituto, a maioria dos entrevistados foram mulheres porque, quando perguntados, os homens não sabiam informar questões relativas à situação vacinal dos filhos.
Entre as vacinas em atraso, foram identificadas as de gripe (38,1%), sarampo (20,1%), febre amarela (18,5%) e varicela (12,3%). Os motivos para a não vacinação na categoria desinformação e descaso foram relacionados a esquecimento, ao medo de efeitos colaterais, à falta de tempo, à criança ser muito pequena, ao descrédito na vacinação, a não ocorrência de surto, à perda da caderneta ou ao sofrimento da criança.
Já em relação às questões de saúde, foram elencados que a criança é alérgica a ovo, estava doente, houve contraindicação médica e reações à vacina. Problemas com a Unidade Básica de Saúde (UBS) também foram apontados, como horário de atendimento, insatisfação com o atendimento, localização do posto, falta de profissional para aplicação eu falta de vacina.
A SES salientou que no tocante aos efeitos colaterais, as vacinas são seguras e, a maioria das reações, quando acontecem, são leves e temporárias. Além disso, frisou a importância da vacinação, já que crianças menores são mais suscetíveis a doenças, por conta de suas defesas imunológicas não estarem bem formadas.
De acordo com Arita, a ideia é, a partir deste estudo, traçar estratégias que auxiliem nas campanhas. "O Estado, em conjunto com municípios, pretende investir mais em informação nas próximas campanhas. O objetivo é criar mecanismos que facilitem a compreensão das pessoas", disse, além de reforçar a importância da vacinação. 
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