A Marinha informou que na terça-feira já haviam sido recolhidas mais de mil toneladas de óleo das praias do Nordeste. Paralelamente ao trabalho de limpeza, hospitais já começam a receber pessoas intoxicadas pelos resíduos.
Em uma semana, o Hospital Municipal Osmário Omena de Oliveira, de São José da Coroa Grande, em Pernambuco, atendeu a 17 pessoas com sinais de intoxicação após terem tido contato com o óleo que já atingiu os nove estados do Nordeste. Segundo a secretária municipal de Saúde, Tarciana Mota, entre os que procuraram atendimento há servidores municipais e voluntários que participaram da limpeza da praia e do rio Persinunga. O grupo reclamava de fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias e do aparecimento de pequenas manchas na pele.
Pesquisadores do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia da Coppe/UFRJ acreditam que o ponto de origem do despejo de óleo esteja em uma área entre 600 km e 700 km da costa brasileira.
Uma operação malsucedida de transferência de óleo de um navio em movimento para outro, conhecida como "ship to ship underway", transformou-se em uma das hipóteses para explicar o vazamento em alto-mar. Relativamente comum, a manobra é segura quando feita oficialmente. Mas, longe da costa e da fiscalização, pode ter sido executada de forma irregular.