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- Publicada em 15 de Outubro de 2019 às 18:04

Barreiras instaladas para conter óleo em Sergipe são levadas pelo mar

Estruturas instaladas em alguns locais do litoral foram levadas pela água

Estruturas instaladas em alguns locais do litoral foram levadas pela água


IBAMA/AFP/JC
Agência Estado
A ideia de instalar barreiras de contenção para reter o óleo no litoral de Sergipe não está dando resultado. Estruturas instaladas em alguns locais do litoral foram levadas pela água. A informação foi confirmada por pessoas que atuaram diretamente na instalação das estruturas. A tentativa agora é reposicionar as instalações.
A ideia de instalar barreiras de contenção para reter o óleo no litoral de Sergipe não está dando resultado. Estruturas instaladas em alguns locais do litoral foram levadas pela água. A informação foi confirmada por pessoas que atuaram diretamente na instalação das estruturas. A tentativa agora é reposicionar as instalações.
O governo já tinha afirmado que a medida poderia não dar certo. O Ministério Público Federal no Maranhão acionou a Justiça, exigindo a instalação do equipamento no prazo de 48 horas, sob risco de ser multado diariamente em R$ 100 mil.
Na segunda-feira (14), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o governo federal cumpriria a decisão da Justiça Federal em Sergipe e que faria a instalação das barreiras nos rios São Francisco, Japaratuba, Sergipe, Real e Vaza Barris.
Nesta terça-feira (15), no entanto, a força da água acabou levando algumas estruturas. O Ibama informou que essas barreiras de contenção geralmente são eficazes em correntes com velocidades de até um nó, o equivalente a uma milha náutica por hora. A vazão dos rios, no entanto, é muito superior a essa capacidade.
"Nos casos em que o óleo derramado é de origem conhecida e sua dispersão é prevista, a instalação de barreiras em águas calmas é tecnicamente recomendável para proteger pontos sensíveis, como manguezais. Contudo, se os manguezais já estiverem oleados, a medida poderá provocar o efeito inverso e impedir a depuração natural do ambiente", declarou o órgão ambiental.
O Ibama requisitou à Petrobras, mediante ressarcimento, a disponibilização do equipamento. Mais de 200 metros de barreiras estão em Aracaju à disposição de instituições com capacidade operacional para realizar sua instalação e manutenção. O órgão já havia informado que "a medida pode não alcançar a eficácia pretendida".
Barreiras de contenção são compostas por uma parte flutuante e outra submersa, chamada saia, que tem a função de conter o óleo superficial (substância com densidade menor que a da água), mas o poluente que atinge o nordeste do país se concentra em camada sub-superficial. Por essa razão, as manchas não são visualizadas em imagens de satélite, sobrevoos e monitoramentos com sensores para detecção de óleo.
Desde 2 de setembro de 2019, o Ibama realiza vistorias diárias em praias do litoral nordestino para acompanhar a situação da área afetada.
Um total de 200 toneladas de borra de petróleo já foi recolhido do litoral brasileiro. A situação nesta terça-feira indica instabilidade do material, mas ainda não é possível dizer se uma nova onda do petróleo poderá chegar.
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