Número de casos de sarampo sobe para 15 no Rio Grande do Sul

Mais dois casos de sarampo foram confirmados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) no Rio Grande do Sul. Até a sexta-feira, 15 pessoas já haviam sido diagnosticadas com a doença no Estado, enquanto outros 32 casos seguiam em investigação. As novas ocorrências são de Ijuí, no Noroeste do Estado, e de Gravataí, na Região Metropolitana.

Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o morador de Ijuí tem histórico de viagem ao Paraguai, enquanto a mulher de Gravataí é mãe de um bebê que já havia tido a doença. Dos casos confirmados no Rio Grande do Sul, a maioria é de residentes em Porto Alegre, com oito diagnósticos. Os outros casos aconteceram em Gravataí (três), Cachoeirinha (dois), Dois Irmãos (um) e Ijuí (um).

Em todo o País, já são mais de 25 mil notificações da doença e 5,4 mil casos confirmados somente neste ano. Mais de 95% das ocorrências foram registradas no estado de São Paulo que, até o momento, já conta com 12 óbitos.

A vacinação é o método mais eficaz de prevenção da doença. Por isso, desde o dia 7 deste mês está acontecendo uma campanha nacional de atualização das vacinas para crianças de seis meses até cinco anos. A iniciativa segue até o dia 25 de outubro. No próximo sábado, será realizado o Dia D de imunização em todo o Brasil.

"A campanha, neste momento, tem foco nas crianças, mas a vacina contra o sarampo está sempre disponível na rede pública para pessoas com até 49 anos", afirma o coordenador-geral da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Anderson Lima. "O sarampo é uma doença altamente contagiosa, então é fundamental que os pais levem as crianças de seis meses até cinco anos incompletos às unidades de saúde para fazerem as primeiras doses ou atualizarem o calendário vacinal, pois é só mantendo a cobertura alta que será possível evitar a circulação viral da doença", explicou.

Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferecerá a vacina em todas as unidades de saúde, com horários diferenciados de atendimento (unidades de saúde, das 8h às 17h; US Tristeza, Ramos, Modelo e São Carlos, das 8h às 22h; Clínica da Família, na Restinga, das 8h às 20h). "O alerta que fazemos é que, na presença de sintomas como febre, dor no corpo, coriza, vermelhidão nos olhos, sintomas respiratórios, dor de garganta e pintinhas pelo corpo, as pessoas procurem imediatamente uma unidade de saúde", ressalta Lima.

Em 18 de novembro, a campanha entra na segunda etapa, sendo dirigida à atualização da carteira de jovens entre 20 e 29 anos. A única forma de prevenção contra o sarampo é a imunização. "Não há contraindicações para a vacina. Essa é a segunda medida de saúde coletiva preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A vacinação fica atrás somente do saneamento básico. É um procedimento que o mundo inteiro utiliza e é só mantendo as coberturas altas que conseguiremos evitar a circulação viral."

A meta do Ministério da Saúde é vacinar 2,6 milhões de crianças na faixa prioritária e 13,6 milhões de adultos. Para isso, a pasta garantiu a maior compra de vacinas contra o sarampo dos últimos dez anos. Ao todo, 60,2 milhões de doses da tríplice viral foram adquiridas.