Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) programaram dois dias de movimentações dentro de mobilizações contra bloqueios de verbas pelo governo federal e a criação do programa Future-se. A mobilização ainda conta com adesão de docentes e técnico-administrativos, que promoverão diversas ações durante as 48 horas do movimento. As atividades preveem mostra de projetos e serviços no Centro Histórico nesta quarta-feira (2) e protestos com passeata na quinta-feira (3).
As atividades foram aprovadas em assembleia dos estudantes, que teve participação de docentes e técnicos, segundo o Diretório Central de Estudantes (DCE). A previsão é de realizar o Ufrgs na Rua entre as 14h e até o fim da tarde desta quarta no Largo Glênio Peres, ao lado do Mercado Público. Serão apresentados projetos e trabalhos de estudantes de graduação e pós-graduação, além de serviços prestados pela instituição. A ação busca reforçar o envolvimento da universidade com a sociedade, diz Ana Paula Santos, coordenadora geral do DCE.
Na quinta-feira, a mobilização terá concentração às 17h na frente do prédio da Faculdade de Educação. Depois, os participantes vão seguir pela Perimetral e avenida Borges de Medeiros para ato na Esquina Democrática.
Ana Paula diz que os dois dias integram calendário que o setor de universidades e institutos públicos definiram para os dois dias no País. O anúncio de liberação de recursos, feito nessa segunda-feira pelo Ministério da Educação, não altera a programação. “ amos demonstrar que só a mobilização vai assegurar os recursos”, diz a coordenadora-geral do diretório.
No Estado, estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) também devem ter ações, diz Ana Paula. Os bloqueios de verbas - a liberação desta semana não é considerada suficiente - vem impondo dificuldades até para pagar despesas de luz, serviços de manutenção e segurança. Também bolsas de pesquisas foram cortadas.
O DCE solicitou que a reitoria da Ufrgs cancelasse as aulas nos dois dias. A reitoria esclareceu nesta terça-feira (1) que a suspensão afetaria o calendário oficial do segundo semestre. A instituição diz que a decisão sobre dispensar os alunos e buscar alternativas cabe aos docentes.