A Cooperativa Central Aurora deverá pagar R$ 1,1 milhão por irregularidades em instalações que afetam as condições de trabalho dos funcionários do frigorífico na unidade instalada em Sarandi, distante 330 quilômetros de Porto Alegre.
A penalidade está em acordo previsto no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT), informou o órgão. O dinheiro será repassado em 12 parcelas para custear equipamentos de um hospital e escolas da cidade. O pagamento começa em outubro e vai até setembro de 2020.
A cooperativa também terá de regularizar aspectos de saúde e segurança no trabalho com abate de mais de 2 mil suínos por dia. A fábrica foi interditada em maio deste ano pela força-tarefa dos frigoríficos gaúchos, ligada ao MPT, após a constatação de riscos aos empregados.
O valor será usado pelo Hospital Comunitário Sarandi para a compra de materiais de cirurgia e aparelhos de diagnóstico, e pelas escolas Antônio João Zandoná e Júlio Maílhos para reforma e construção de coberturas de quadras poliesportivas.
Além do pagamento do valor, o TAC obriga a reformulação de medidas preventivas, como o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. A cooperativa ainda deverá reestruturar a gestão de saúde e segurança dos trabalhadores. O descumprimento do termo poderá resultar em novas multas.