Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 23 de Setembro de 2019 às 12:33

Future-se vai prever carteira assinada para professor e técnicos de universidades

Instituições que aderirem ao Programa Future-se deverão contratar docentes através do regime CLT

Instituições que aderirem ao Programa Future-se deverão contratar docentes através do regime CLT


LUIS FORTES/MEC/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, vai estimular as universidades federais a contratarem professores e técnicos pelo regime CLT, com carteira assinada. O modelo de contratação deve ser incluído no programa Future-se, que prevê alterações em contratações, repasse de verbas e busca de recursos privados para universidades e faculdades públicas. 
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, vai estimular as universidades federais a contratarem professores e técnicos pelo regime CLT, com carteira assinada. O modelo de contratação deve ser incluído no programa Future-se, que prevê alterações em contratações, repasse de verbas e busca de recursos privados para universidades e faculdades públicas. 
Atualmente, os docentes só podem ingressar por concurso público e têm direito à estabilidade, seguindo as regras do serviço público da gestão direta. A contratação via CLT será exigência para a entrada das universidades dentro do Future-se, novo programa do MEC que vai captar recursos junto à iniciativa privada.
Segundo a pasta, boa parte dos novos investimentos no ensino superior federal será pelo programa. A iniciativa gerou rejeição por parte dos reitores de universidades públicas e do Ministério Público Federal (MPF).
No Future-se, cuja adesão das universidades é facultativa, contratos de novos docentes e técnicos serão intermediados por Organizações Sociais (OSs), entidades privadas que prestam serviços públicos e não precisam seguir a Lei de Licitações e Concursos.
Embora Weintraub afirme que os funcionários seguiriam com estabilidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2018, que empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista regidos pela CLT não fazem jus à estabilidade prevista na Constituição. No novo modelo das federais, ainda não detalhado, a ideia é o servidor ter a permanência atrelada ao desempenho.
Um dos ministros mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro, Weintraub argumenta que é preciso cortar o gasto na folha de pagamento, que chama de "bomba-relógio". Estudos do MEC mostram que 85% da verba nas federais é gasta com pessoal.
"O Future-se tem várias características. Uma delas é o modelo da Ebserh (empresa pública vinculada ao MEC que gere hospitais universitários federais), que são novas contratações via CLT. Com isso, pode preservar contratos atuais e ir gradualmente trocando, o que se tem na FGV (Fundação Getúlio Vargas)", diz o ministro.
Ao comentar a oferta de recursos para bolsas da Capes, que foram alvo de cortes dentro de contingenciamento de verbas, o ministro disse que a demanda é infinita e que "todo mundo quer uma bolsinha". "No Brasil, todo mundo acha que o dinheiro cai do céu. Na verdade, vem do pagador de imposto. O Brasil quebrou e agora temos que respeitar o limite orçamentário", disse.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO