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- Publicada em 22 de Setembro de 2019 às 21:28

Estado é o 2º em exercício ilegal da oftalmologia

Quando uma pessoa consulta um não médico, ela perde a oportunidade de diagnosticar doenças graves

Quando uma pessoa consulta um não médico, ela perde a oportunidade de diagnosticar doenças graves


CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC
Gabriela Porto Alegre
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) já registrou, em 2019, 28 representações contra o exercício ilegal da oftalmologia no Rio Grande do Sul por profissionais não médicos que atendem em óticas e orientam a utilização de óculos ou lentes de contato à população. Em números de denúncias, o Estado fica atrás apenas de São Paulo, com cerca de 38 denúncias de exercício irregular da profissão.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) já registrou, em 2019, 28 representações contra o exercício ilegal da oftalmologia no Rio Grande do Sul por profissionais não médicos que atendem em óticas e orientam a utilização de óculos ou lentes de contato à população. Em números de denúncias, o Estado fica atrás apenas de São Paulo, com cerca de 38 denúncias de exercício irregular da profissão.
Segundo a presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (Sorigs), Terla Castro, tal prática é ilegal, uma vez que apenas médicos registrados junto aos Conselhos de Medicina são autorizados a darem prescrição médica e fazerem exames oftalmológicos que identifiquem a necessidade de utilização de óculos. "Com o exame, mais de três mil doenças podem ser identificadas. Quando uma pessoa consulta um não médico, ela perde a oportunidade de diagnosticar doenças graves que podem levar à cegueira", disse. "Ao menos 60% das doenças podem ser prevenidas se diagnosticadas precocemente, por isso faz-se necessário acompanhamento médico adequado. Tudo isso tem um único objetivo: proteger a saúde da população", completou Terla.
Além da não prevenção das doenças que podem levar à cegueira, há outra situação que pode levar a problemas irreversíveis: o uso de lentes de contato sem prescrição médica. "É preciso fazer exames para saber se não há olho seco, por exemplo, e o grau que deve ser adaptado ao paciente. Uma catarata e uma retinopatia podem alterar o grau da prescrição. É preciso entender o que está acontecendo no olho do paciente para que a lente possa efetivamente auxiliar no problema", explicou. "Isso é uma função exclusivamente do oftalmologista", afirmou.
De acordo com a resolução 1.965/2011, do Conselho Federal de Medicina, a adaptação de um paciente à utilização de lentes de contato deve ser feita, exclusivamente, por um médico, tendo em vista que só esse especialista tem o preparo adequado para avaliar os riscos associados ao uso. "A córnea é composta por diferentes camadas, sendo o endotélio uma camada de células que não se regenera e é a mais importante por ter a função de manter a integridade e transparência da córnea. Ela, por sua vez, é agredida pelo uso incorreto de lentes de contato, uma vez que as lentes impedem a córnea de receber oxigênio do ar adequadamente".
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