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Geral

- Publicada em 29 de Julho de 2019 às 21:25

SOS Monumento restaurou mais de 30 obras em Porto Alegre

Projeto já revitalizou seis vezes o Monumento a Bento Gonçalves

Projeto já revitalizou seis vezes o Monumento a Bento Gonçalves


CLAITON DORNELLES /JC
Gabriela Porto Alegre
A dificuldade em solucionar furtos e depredações nos principais monumentos históricos de Porto Alegre evidencia um descaso que deixa em risco a própria memória da cidade. Para tentar amenizar os problemas causados às obras de arte nas ruas da Capital, desde 2006 o projeto SOS Monumento busca revitalizar as obras e educar a população sobre a importância para a memória cultural da cidade. Praça Itália, Monumento ao Expedicionário, Colônia Israelita, Parque da Harmonia, Praça Garibaldi e Monumento a Bento Gonçalves - restaurado seis vezes pelo projeto - são apenas alguns dos locais que receberam as mais de 30 revitalizações do projeto.
A dificuldade em solucionar furtos e depredações nos principais monumentos históricos de Porto Alegre evidencia um descaso que deixa em risco a própria memória da cidade. Para tentar amenizar os problemas causados às obras de arte nas ruas da Capital, desde 2006 o projeto SOS Monumento busca revitalizar as obras e educar a população sobre a importância para a memória cultural da cidade. Praça Itália, Monumento ao Expedicionário, Colônia Israelita, Parque da Harmonia, Praça Garibaldi e Monumento a Bento Gonçalves - restaurado seis vezes pelo projeto - são apenas alguns dos locais que receberam as mais de 30 revitalizações do projeto.
"Cada monumento tem um tipo de depredação. Encontramos desde pichações a manchas, oferendas, gordura, parafina, cartazes, riscos de batom, roubo de placas e adereços metálicos", conta Alice Prati, idealizadora do SOS Monumento.
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Para ela, tão importante quanto o cidadão se apropriar de espaços públicos é a administração municipal saber gerenciar o patrimônio histórico. "O monumento é contador de histórias. O cidadão precisa entender que o monumento é dele, que faz parte da história da cidade. E o poder público deveria ser o grande responsável pela fiscalização, preservação e restauração desses espaços", salienta a restauradora e pesquisadora.
Porém, em um exemplo da falta de controle do patrimônio, a prefeitura não soube informar à reportagem quantas obras foram depredadas ou subtraídas nos últimos anos. De acordo com José Francisco Alves, coordenador de Memória Cultural da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), embora o patrimônio histórico represente a história artística, intelectual e cultural de uma sociedade, ainda há lacunas a serem preenchidas quanto à fiscalização. "Nós não temos esse controle, a fiscalização depende de onde esses monumentos estão. Se estão em parques, por exemplo, a direção desses locais nos comunica, e nós tentamos tomar as providências", disse.
Segundo Manuela Costa, arquiteta da Coordenação de Memória Cultural da SMC, apenas uma ocorrência de furto de placa foi realizada neste ano. "Depredações acontecem sempre, a gente não consegue ter um controle das pichações, da sujeira. Mas dos furtos, sim", pontuou. "Trabalhamos, hoje, com 215 monumentos cadastrados, incluindo os que foram furtados."
Pela experiência adquirida nas pesquisas durante a execução do SOS Monumento, ao longo de mais de uma década, Alice chegou à conclusão de que uma das maiores e mais graves depredações das obras urbanas, além das pichações, são os furtos de placas e adereços de metal. Para tentar barrar isso, desenvolveu a técnica de travamento antifurto com o apoio do Instituto Alice Prati.
A restauração mais recente aconteceu há 18 meses, quando a pesquisadora, em sigilo e sem custo para o erário, desenvolveu e executou a iniciativa em um ponto estratégico de um dos monumentos arquitetônicos mais atacados da cidade. Desde então, as placas recolocadas e travadas pelo sistema sofreram três tentativas de furto, sem sucesso. "Já colocamos o projeto à disposição da prefeitura sem cobrança de royalties, pois sabemos a importância disso para a cidade, mas ainda não conseguimos tirar a ideia do papel."
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