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- Publicada em 30 de Junho de 2019 às 19:47

Mesmo com chuva, Parada LGBTI tem grande público

Apresentação da funkeira Valesca Popozuda cativou a multidão, composta principalmente por jovens

Apresentação da funkeira Valesca Popozuda cativou a multidão, composta principalmente por jovens


LUIZA PRADO/JC
Isabella Sander
“Bicha não morre: vira purpurina. Por isso, a chuva não vai nos parar”, já havia comentado a organização do evento em coletiva de imprensa, na quinta-feira passada. De fato, mesmo com o aguaceiro que caiu neste domingo (30) em Porto Alegre, a Parada de Luta LGBTI teve grande público para assistir aos shows na orla do Guaíba. A funkeira Valesca Popozuda se apresentou gratuitamente e animou centenas de fãs, em palco montado próximo à avenida Loureiro da Silva. Depois do show dela, outros artistas também se apresentaram. A caminhada e o desfile dos trios elétricos, contudo, foram adiados para o domingo que vem.
“Bicha não morre: vira purpurina. Por isso, a chuva não vai nos parar”, já havia comentado a organização do evento em coletiva de imprensa, na quinta-feira passada. De fato, mesmo com o aguaceiro que caiu neste domingo (30) em Porto Alegre, a Parada de Luta LGBTI teve grande público para assistir aos shows na orla do Guaíba. A funkeira Valesca Popozuda se apresentou gratuitamente e animou centenas de fãs, em palco montado próximo à avenida Loureiro da Silva. Depois do show dela, outros artistas também se apresentaram. A caminhada e o desfile dos trios elétricos, contudo, foram adiados para o domingo que vem.
O cenário era catártico – as pessoas caminhavam, de sombrinha, capa de chuva ou sem nada que protegesse da chuva, que alternava entre fraca e forte, rumo ao show da Valesca, marcado para as 16h. Quando a funkeira chegou e, de cara, cantou o hit “Beijinho no ombro”, não houve água que impedisse o público de repetir a letra junto com a cantora. Na plateia, figuravam pessoas de todas as idades, mas boa parte era jovem, com até 25 anos. A apresentação terminou em torno das 18h.
Rubens Donato, de 22 anos, acredita que o sucesso de Valesca se deve à sua proximidade com a comunidade LGBTI. “Tem muitos artistas que apoiam a causa, mas ela é a mais próxima. A gente se espelha muito nela, porque ela é povão como a gente, pobre como a gente”, destaca. Sobre a parada em si, Donato lembra que, apesar de ser um evento divertido, não serve só para divertimento. “É para mostrar para essa sociedade maluca que a gente só quer amor, não queremos brigar nem nada. É triste que as pessoas não percebam que esta é só uma forma de amor.”
Para Marcio Santos, de 26 anos, a Valesca representa o feminismo e a comunidade LGBTI. “Ela ajuda muitas pessoas com as letras dela, e ela sabe que o Rio Grande do Sul tem grande necessidade de todos os artistas se engajarem nessa causa”, observa. Em sua opinião, a parada é importante para mostrar os talentos musicais que o Estado possui na comunidade LGBTI e, também, para lembrar de pedir respeito e igualdade. “Eu trabalho no comércio e, às vezes, vejo alguns trans procurando emprego, e não são bem recebidos”, lamenta. A parada, segundo Santos, serve para que a população conheça a comunidade e perceba que todos são iguais.
Aguardando para se apresentar depois do show de Valesca, Mariana Carolina Fernandes, de 21 anos, considera que as apresentações musicais são importantes para mostrar a luta e a resistência da comunidade LGBTI, espalhando, assim, o amor. “A parada representa a nossa luta de cada dia. Lutamos pelos homossexuais mortos a cada dia, pela nossa sobrevivência e pelos nossos direitos, porque todos nós somos iguais”, defende.
Este foi o terceiro dia de atividades da Parada de Luta LGBTI em Porto Alegre. Diferente das outras edições, esta contou com oficinas, palestras e atrações artísticas em mais de um dia e em mais de um lugar. Na sexta-feira, Dia Internacional do Orgulho LGBTI, foram realizadas palestras, oficinas, atividades culturais e uma festa no Centro Municipal de Cultura. No sábado, ocorreu um encontro de pets e diferentes shows no palco na orla, que já estava montado. Neste domingo, estava prevista concentração do público no Parque da Redenção e caminhada com os trios elétricos até a orla, mas a chuva permitiu que apenas os shows acontecessem. Com o adiamento, um quarto dia acabou entrando na programação - no próximo domingo, 7 de julho, quando ocorrerá a caminhada.
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