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Geral

- Publicada em 24 de Junho de 2019 às 20:24

Obras do Hospital do Câncer dependem de deputados

Local tem previsão de inauguração em dezembro do próximo ano

Local tem previsão de inauguração em dezembro do próximo ano


/CLAITON DORNELLES /JC
Isabella Sander
Prevista para dezembro de 2020, a conclusão do Centro de Hematologia e Oncologia do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) depende da destinação de emendas parlamentares de deputados federais. A instituição já obteve, por meio de emendas, em torno de R$ 38 milhões para a construção do prédio, o que permitirá a ampliação de 50 para 94 leitos de internação, de 16 para 54 poltronas de quimioterapia, e a abertura dos serviços de radioterapia e transplante de medula. Faltam, contudo, mais R$ 37 milhões para finalizar a obra e R$ 30 milhões para a compra de mobília e aparelhos.
Prevista para dezembro de 2020, a conclusão do Centro de Hematologia e Oncologia do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) depende da destinação de emendas parlamentares de deputados federais. A instituição já obteve, por meio de emendas, em torno de R$ 38 milhões para a construção do prédio, o que permitirá a ampliação de 50 para 94 leitos de internação, de 16 para 54 poltronas de quimioterapia, e a abertura dos serviços de radioterapia e transplante de medula. Faltam, contudo, mais R$ 37 milhões para finalizar a obra e R$ 30 milhões para a compra de mobília e aparelhos.
A construção, iniciada em fevereiro de 2018, está 15,56% executada até o momento, andando de acordo com o previsto no cronograma. Dos R$ 75 milhões estimados para o trabalho, R$ 11,6 milhões já foram pagos pelo governo federal à construtora licitada. O novo edifício, na esquina da avenida Francisco Trein com a rua Umbu, na Zona Norte, terá sete andares e uma área de 14.380,70 m2, reunindo no mesmo local as unidades de diagnóstico (ambulatório e recursos de imagem) e tratamento (radioterapia e internações) necessárias para o atendimento de pacientes com câncer.
Segundo o superintendente do GHC, André Cecchini, o plano da diretoria é sensibilizar a bancada gaúcha da Câmara de Deputados para dedicar mais R$ 37 milhões para a obra, por meio de emendas impositivas, que independeriam de autorização da União para liberação e, por isso, costumam ter maior celeridade no repasse. "Estamos trabalhando para que a verba chegue em tempo hábil para que terminemos a construção dentro do prazo previsto. Se as emendas forem empenhadas neste ano, conseguimos, sim, usar o dinheiro já no ano que vem", assegura.
Cecchini tem a expectativa de que o prédio seja "recheado", ou seja, mobiliado com os equipamentos necessários, também no prazo determinado, a fim de que se possa inaugurar o novo centro em dezembro do ano que vem. A intenção é que parte dos R$ 30 milhões para comprar a mobília e os aparelhos seja obtida a partir de emendas parlamentares de cada deputado federal, recurso que depende de liberação do governo federal para ser repassado e, por isso, não tem prazo definido para obtenção. Conforme o superintendente, alguns deputados já prometeram destinar parte de suas emendas para o hospital, o deve pautar uma reunião da bancada gaúcha em agosto.
Além das emendas parlamentares, o GHC aposta em programas do Ministério da Saúde para adquirir equipamentos de radioterapia, como o acelerador linear - os três aparelhos da radioterapia demandam em torno de dois terços dos R$ 30 milhões previstos para equipar o espaço. A pasta possui programas de financiamento para esse tipo de compra. A instituição trabalha com a possibilidade de inaugurar o local inicialmente sem a radioterapia, colocando em funcionamento 90% dos serviços previstos.
O coordenador da Hematologia e da Oncologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Marcelo Capra, revela que a construção do centro permitirá uma mudança na forma como o paciente é atendido atualmente. "Pretendemos ter todas as especialidades reunidas no mesmo lugar, com o paciente sendo atendido por todos os profissionais necessários em um dia só e saindo de lá com uma conclusão sobre seu tratamento", enfatiza. Hoje, de acordo com o médico, muitas vezes o paciente precisa ir várias vezes ao hospital em poucos dias, para passar por exames, consultas e quimioterapias, ocasionando desconforto, ausências frequentes por parte dos usuários e maior demora em todas as etapas do tratamento.
A necessidade de criação de um espaço integrado e específico para o tratamento do câncer se deve, segundo Capra, ao aumento a cada ano nos casos de neoplasias no Brasil. "Por outro lado, os tratamentos melhoraram, e pessoas que têm casos sem cura, que antes morriam em três, quatro anos, agora vivem com o câncer por anos a fio. Por isso, o número de pacientes se acumula e a estrutura física tem que ser maior", destaca. O tratamento, de alta complexidade, será oferecido para usuários de todo o Rio Grande do Sul, e não apenas aos porto-alegrenses.
 
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