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Mobilização

- Publicada em 13 de Junho de 2019 às 21:24

Mesmo sem rodoviários, greve pode afetar transporte

Sindimetrô orienta usuários a não irem às estações do Trensurb

Sindimetrô orienta usuários a não irem às estações do Trensurb


/FREDY VIEIRA/arquivo/JC
A greve geral convocada pelas centrais sindicais para esta sexta-feira deve afetar uma série de serviços públicos. Um deles é o transporte. Em Porto Alegre, ainda que a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), que representa as empresas de ônibus da Capital, garanta que a previsão é de que o sistema opere normalmente, não se pode descartar a ocorrência de atrasos e até ônibus não saindo das garagens.
A greve geral convocada pelas centrais sindicais para esta sexta-feira deve afetar uma série de serviços públicos. Um deles é o transporte. Em Porto Alegre, ainda que a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), que representa as empresas de ônibus da Capital, garanta que a previsão é de que o sistema opere normalmente, não se pode descartar a ocorrência de atrasos e até ônibus não saindo das garagens.
Isso porque, mesmo que o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, que reúne motoristas e cobradores, não tenha aderido à paralisação oficialmente, há possibilidade de que piquetes nas saídas das garagens impeçam a circulação dos ônibus, principalmente nas primeiras horas da manhã.
As centrais que organizam a mobilização já anunciaram a intenção de bloquear a saída dos veículos dos estacionamentos da Carris e da Sopal - que atende à Zona Norte. Além disso, uma "operação tartaruga" nos corredores de ônibus também pode acontecer, gerando lentidão nas linhas e congestionamento no trânsito.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), por sua vez, afirma que, "com o apoio da Brigada Militar (BM), realizará todos os esforços possíveis para garantir a regularidade no atendimento à população, com a expectativa da normalidade da circulação de ônibus". A ATP também diz que solicitou apoio da BM caso seja necessário desobstruir as garagens.
Já em relação ao funcionamento do Trensurb, o cenário ainda está indefinido. O Sindimetrô, sindicato que engloba os trabalhadores da empresa, aderiu à greve e garante que os serviços serão paralisados. A entidade orienta, inclusive, os usuários a não se deslocarem até as estações.
A companhia, porém, ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho pedindo a declaração de abusividade da paralisação e cobrando, assim, a manutenção do transporte por trens nesta sexta-feira. Até o fechamento dessa edição, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região não tinha divulgado decisão a respeito.
Os bancários também aprovaram greve, o que deve impactar no atendimento, mesmo que a adesão não seja total. O mesmo ocorre com funcionários públicos da saúde, mas a adesão é opcional.
O ato está marcado para as 18h, na Esquina Democrática. Depois, uma caminhada deve bloquear vias do Centro, como a avenida Mauá e o túnel da Conceição.

Outras capitais também terão atos contra a reforma

Não será apenas em Porto Alegre que os serviços de trens e de ônibus serão afetados. As principais capitais do País devem registrar paralisações no transporte com a greve geral contra a reforma da Previdência.
Em Salvador, desde o início da manhã, devem ser paralisados total ou parcialmente os serviços de transporte de ônibus e de metrô. A estimativa é que todos os 21 mil ônibus não operem. Escolas estaduais e municipais, assim como bancários, também vão aderir à greve geral. O protesto está previsto para as 15h no Campo Grande.
No Recife, também devem paralisar funcionários de ônibus e metrô, além de bancários e servidores de escolas da rede estadual e municipal. O ato no Recife será às 14h, na avenida Guararapes, no Centro da cidade.
No Rio de Janeiro, a expectativa é que a greve não atinja tanto os serviços de transporte. Rodoviários (ônibus e BRT) e metroviários aderiram formalmente à paralisação, mas o Metrô Rio e a Supervia (trens) dizem que seu funcionamento não será afetado. A decisão de trabalhar ou não será dos funcionários nas garagens. Também terão paralisações escolas estaduais e municipais, além de universidades. Os atos devem se concentrar a partir das 15h em frente à Igreja da Candelária, no Centro da cidade.
Em Belo Horizonte, a previsão é de paralisação de metrô e ônibus, e também adesão de servidores em escolas públicas. O ato contra a reforma da Previdência está previsto para a partir das 11h, saindo da praça Afonso Arinos.
Em Curitiba, ao menos 30 categorias aderiram à greve geral. As escolas devem ser as mais afetadas, já que sindicatos de professores da rede municipal, estadual e particular devem parar. A greve inclui também os bancários - que ainda não confirmaram se as agências funcionarão -, metalúrgicos, petroleiros, servidores da Judiciário e do Ministério Público, da Saúde, do Meio Ambiente e da Agricultura, policiais civis e agentes penitenciários. Haverá um ato concentrado das entidades às 11h em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, no Centro Cívico. Às 13h30min, eles devem seguir em caminhada até a praça Santos Andrade, no Centro.
No estado de São Paulo, há previsão de atos em ao menos 22 cidades, organizados por centrais sindicais.