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Geral

- Publicada em 07 de Junho de 2019 às 03:00

Pesquisa indica desmate de 44% do pampa gaúcho

As coxilhas e planícies verdes que compõem o pampa gaúcho estão ameaçadas. Os dados coletados por satélite em estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, em 2016, 43,7% da vegetação nativa estava suprimida, ou seja, desmatada.
As coxilhas e planícies verdes que compõem o pampa gaúcho estão ameaçadas. Os dados coletados por satélite em estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, em 2016, 43,7% da vegetação nativa estava suprimida, ou seja, desmatada.
O pampa é um dos seis biomas brasileiros, e é restrito ao Rio Grande do Sul. A pesquisa mostra que apenas 47,3% da vegetação natural está preservada.
O Inpe começou a processar os dados em 2004 para saber como evoluiu o desmatamento. Será feita uma projeção até 2022, segundo Cláudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento da Amazônia e demais biomas do Inpe. Ao final do estudo, será possível afirmar se a supressão do pampa aumentou ou se alguma área foi regenerada no período.
A vegetação em forma de campo do pampa é composta por mais de 450 espécies de gramíneas. Embora o estudo do Inpe ainda não aponte a causa do desmatamento de 43,7% do pampa, Daniel Hanke, professor da Universidade Federal do Pampa, afirma que o que vem ganhando espaço é o plantio de soja, enquanto o cultivo de arroz está estabilizado e o de milho decresce. "Quando se suprime a vegetação para introduzir uma monocultura de soja, não se troca só uma planta por outra. O que se troca é um sistema que evoluiu ecologicamente para o equilíbrio por uma única vegetação", diz.
Bovinos e o pampa convivem em equilíbrio há milhares de anos, explica Hanke. É diferente da Amazônia devastada para criar gado. "No pampa, não há efeitos negativos na presença desse animal. Pelo contrário, é desejável." Por isso, a queda do número de cabeças de gado preocupa.
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