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- Publicada em 10 de Maio de 2019 às 03:00

Corte em bolsas traz 'danos imensuráveis', afirma Furg

A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) manifestou-se, nesta quinta-feira, sobre cortes nas bolsas de mestrado e doutorado fornecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Segundo a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição de ensino, 26 bolsas de mestrado e nove de doutorado deixaram de ser oferecidas, afetando em especial os programas de Oceanografia Biológica, Aquicultura e Oceanologia.
A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) manifestou-se, nesta quinta-feira, sobre cortes nas bolsas de mestrado e doutorado fornecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Segundo a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição de ensino, 26 bolsas de mestrado e nove de doutorado deixaram de ser oferecidas, afetando em especial os programas de Oceanografia Biológica, Aquicultura e Oceanologia.
Segundo a Furg, são justamente esses os cursos com notas mais altas nas avaliações federais. A faculdade é uma das oito instituições públicas brasileiras com pós-graduação em Oceanografia. A interrupção nos repasses, diz a universidade, traz "danos imensuráveis à produção científica brasileira."
"A Capes argumenta que são bolsas ociosas, mas, em alguns casos as bolsas estavam em transição, quando o aluno termina o mestrado ou o doutorado e a bolsa vai para a seleção seguinte. Também temos o caso de alunos que estão, no momento, em doutorado sanduíche no exterior e, ao retornar, estarão sem a bolsa", afirmou o pró-reitor Eduardo Secchi, em nota. Outras instituições gaúchas, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), também foram atingidas pelo bloqueio, mas não haviam se manifestado de forma oficial até o fechamento desta edição. 
Em ofício enviado aos pró-reitores de pós-graduação na quarta-feira, o Ministério da Educação (MEC) afirma que os cortes se devem a restrições orçamentárias impostas pelo governo federal. Tratada pela União como contingenciamento de recursos, a medida bloqueou R$ 7,4 bilhões, dos quais R$ 819 milhões (ou 19% do orçamento autorizado inicialmente) eram destinados à Capes.
As bolsas cortadas estariam ociosas ou sem uso, segundo a Capes, e correspondem a benefícios que, mesmo disponíveis, aguardavam a seleção de candidatos. Há relatos de bolsas suspensas em federais da Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná e São Paulo. O órgão federal diz ainda não ter o número exato das bolsas ociosas recolhidas, mas garante que nenhum bolsista cadastrado foi excluído dos sistemas de concessão. 
No final da tarde de quinta-feira, reitores de universidades e institutos federais estiveram na Assembleia Legislativa pedindo soluções políticas contra a redução orçamentária de 30% das verbas do MEC. Recebido pelos deputados Edegar Pretto (PT) e Luís Augusto Lara (PTB), o grupo deseja reunir-se também com o governador gaúcho Eduardo Leite, e tentam organizar uma missão oficial para uma agenda, em Brasília, com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
 
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