A Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (SMS) divulgou ontem boletim epidemiológico confirmando 85 casos de dengue, desde o começo do ano, na Capital. Desses, 79 são autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade - a maioria deles (73) no bairro Santa Rosa de Lima. Outros seis diagnósticos positivos são do bairro Jardim Floresta, e há também seis pessoas que contraíram a doença fora de Porto Alegre.
Ao todo, a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da SMS recebeu 234 notificações de suspeita da doença, das quais 91 foram descartadas e 58 continuam em investigação. Há também 15 notificações suspeitas de febre chikungunya, com um caso importado confirmado. O mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas enfermidades, também é hospedeiro do zika vírus, que teve cinco notificações, mas nenhum caso confirmado este ano em Porto Alegre.
A estimativa é de que 70% dos criadouros do Aedes em Porto Alegre seja de depósitos domésticos, facilmente elimináveis. O mosquito é encontrado em locais de maior densidade populacional e, mais raramente, em ambientes semisilvestres. Por ser facilmente adaptável ao meio urbano, hoje a eliminação do vetor é considerada medida inviável.