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Geral

- Publicada em 22 de Abril de 2019 às 13:19

Guarda municipal de Ouro Preto destrói tapete de serragem em homenagem a Marielle

Marielle e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados em março de 2018

Marielle e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados em março de 2018


YouTube/Reprodução/JC
Agência Estado
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um guarda municipal de Ouro Preto (MG) pisoteando, na Semana Santa, um tapete de serragens que homenageava a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros em março de 2018, no Rio. O tradicional tapete faz parte da comemoração religiosa da Páscoa na cidade.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um guarda municipal de Ouro Preto (MG) pisoteando, na Semana Santa, um tapete de serragens que homenageava a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros em março de 2018, no Rio. O tradicional tapete faz parte da comemoração religiosa da Páscoa na cidade.
Nas imagens, um guarda chuta as serragens e destrói o tapete. Populares protestaram e gritaram: 'Marielle vive'. Ouro Preto tem cerca de 74 mil habitantes. A cidade histórica fica a 1h40 da capital mineira, Belo Horizonte.
A confecção do tapete de serragens reúne milhares de pessoas a cada Páscoa. O objetivo dos tapetes é enfeitar a Procissão da Ressurreição.
A destruição do tapete gerou reação nas redes sociais da prefeitura. No Facebook, internautas reclamaram da ação da Guarda Municipal. "Simplesmente vergonhosa a ação da guarda municipal destruindo os lindos tapetes que homenageavam uma pessoa que, como Jesus, lutava contra a opressão", escreveu um homem.
Outro internauta afirmou. "Lamentável ver um bárbaro e covarde pisoteando o tapete de flores! Se a prefeitura não afastar esses fascistas da guarda municipal, a cidade não merece receber visita de quem tem apreço e respeito pela democracia!"
Um terceiro escreveu. "Absurdo total, muito vergonhosa a atitude."
A ex-vereadora carioca e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite de 14 de março de 2018. Quase um ano depois, em 12 de março de 2019, a Polícia Civil do Rio prendeu o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz (expulso da corporação).
O Ministério Público do Rio denunciou Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz por homicídio qualificado e por tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, uma das assessoras da ex-vereadora que também estava no carro emboscado. Dias depois, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, aceitou denúncia do Ministério Público e colocou no banco dos réus os ex-policiais militares.
A Promotoria afirma que Ronnie Lessa efetuou os disparos de arma de fogo. Elcio Queiroz, segundo a investigação, conduziu o veículo usado na execução.
"O denunciado Ronnie Lessa foi o autor direto dos disparos e responsável pelo planejamento da empreitada criminosa, tendo organizado prévia e meticulosamente suas etapas e a forma de agir", afirmou o Ministério Público do Rio na acusação formal apresentada à Justiça em março.
"O denunciado Elcio, amigo e compadre de Ronnie Lessa, concorreu dolosa e eficazmente para o crime, na medida em que foi o condutor do veículo Cobalt, placa clonada KPA 5923, utilizado na empreitada criminosa, sendo certo que o auxiliou moral e materialmente visando ao sucesso do crime, aderindo a todas as circunstâncias."
A reportagem fez contato com a Guarda Municipal e com a Prefeitura de Ouro Preto, mas não obteve respostas. O espaço está aberto para manifestação.
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