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Geral

- Publicada em 25 de Março de 2019 às 01:00

Após tragédia, Vale teve R$ 13,6 bilhões bloqueados

Dois meses após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, a mineradora Vale soma R$ 13,6 bilhões bloqueados pela Justiça. Além de reparar os danos causados pela tragédia, esses valores devem também compensar os prejuízos provocados pelas evacuações em cidades onde estruturas semelhantes correm risco de romper.
Dois meses após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, a mineradora Vale soma R$ 13,6 bilhões bloqueados pela Justiça. Além de reparar os danos causados pela tragédia, esses valores devem também compensar os prejuízos provocados pelas evacuações em cidades onde estruturas semelhantes correm risco de romper.
Os dados mais recentes da Defesa Civil de Minas Gerais dão conta de 212 mortes confirmadas, enquanto 93 pessoas seguem desaparecidas. Há, também, quase mil pessoas fora de suas casas, em Brumadinho e nos municípios mineiros de Barão de Cocais, Nova Lima, Ouro Preto e Rio Preto.  
O primeiro bloqueio de recursos da Vale ocorreu já na noite de 25 de janeiro, data do rompimento, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais reteve R$ 1 bilhão. Posteriormente, foram travados mais R$ 10 bilhões, em ação civil pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), bem como R$ 1,6 bilhão, a pedido do Ministério Público do Trabalho. Por fim, há cerca de duas semanas, a Defensoria Pública do estado conseguiu impedir que a mineradora movimente mais R$ 1 bilhão, como modo de assegurar a reparação dos danos sofridos pela população afetada na evacuação em Macacos, distrito de Nova Lima.
Tramitam ainda outras ações do MP-MG, que aguardam decisão da Justiça. Em uma delas, pede-se que a mineradora fique impossibilitada de movimentar R$ 50 bilhões, que custeariam ações de reparação ambiental na região atingida pela lama.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou ontem que o governo federal busca aumentar o número de fiscais na Agência Nacional de Mineração. No começo do ano, apenas 12 fiscais atuavam no controle de barragens de mineração em todo o País.
No domingo, o MP-MG enviou duas petições à Justiça. Na primeira, requer que a Vale "se responsabilize pelo abrigamento e acolhimento de pessoas e animais", prestando toda a assistência às famílias desabrigadas. Em outra, pediu o bloqueio de R$ 120 milhões para realização de auditoria técnica para garantir a segurança da barragem.
 
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