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- Publicada em 06 de Março de 2019 às 01:00

Com homenagem a Marielle, Mangueira é campeã no Rio

Escola trouxe várias referências à vereadora assassinada no Rio

Escola trouxe várias referências à vereadora assassinada no Rio


MAURO PIMENTEL/AFP/JC
Coube à Estação Primeira de Mangueira a maior das honras no Carnaval do Rio de Janeiro. A escola foi eleita a grande campeã dos desfiles do Grupo Especial, em apuração realizada ontem. Com o enredo "História para ninar gente grande", assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira e contendo homenagens à vereadora Marielle Franco, a Verde e Rosa liderou a apuração de ponta a ponta, terminando com a pontuação máxima possível, de 270 pontos. Foi a 20ª vitória da Mangueira, ficando atrás apenas da Portela, que conquistou o título 22 vezes.

Coube à Estação Primeira de Mangueira a maior das honras no Carnaval do Rio de Janeiro. A escola foi eleita a grande campeã dos desfiles do Grupo Especial, em apuração realizada ontem. Com o enredo "História para ninar gente grande", assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira e contendo homenagens à vereadora Marielle Franco, a Verde e Rosa liderou a apuração de ponta a ponta, terminando com a pontuação máxima possível, de 270 pontos. Foi a 20ª vitória da Mangueira, ficando atrás apenas da Portela, que conquistou o título 22 vezes.

A segunda colocação no Carnaval carioca ficou com a Viradouro, que alcançou 269,7 pontos, seguida de Vila Isabel (269,4), Portela e Salgueiro (ambas com 269,3). A Imperatriz Leopoldinense (que atingiu 266,6 pontos) e a Império Serrano (263,8) foram rebaixadas.

A Verde e Rosa foi à Sapucaí já no amanhecer de terça-feira e emocionou ao tratar de personagens importantes para o País que não aparecem nos livros: índios, negros e pobres. Enquanto Dom Pedro I foi retratado com roupa de presidiário, os destaques ficavam com figuras como Cunhambebe, chefe indígena que comandou índios tamoios contra colonizadores portugueses no século XVI, e Luísa Mahin, africana vendida no Brasil que articulou revoltas de escravos no século XIX.

Um dos pontos mais emocionantes do desfile foi quando foram tremuladas bandeiras com o rosto de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada há quase um ano. A viúva de Marielle, Mônica Benício, esteve à frente da última ala, composta por homens e mulheres de favelas que superaram o preconceito e alcançaram notoriedade. O pai, a irmã e a filha da parlamentar apareceram no último carro, junto a uma faixa com os escritos "Marielle Presente" e puxando uma ala que remetia à escravidão e à cultura negra. Para fechar o desfile, uma bandeira do Brasil com as cores da escola atraiu os olhares do público.

Fiel ao espírito contestador de seu enredo, os integrantes da Mangueira chegaram ontem para a apuração, na Marquês do Sapucaí, soltando fogos de artifício e gritando "Fora, Crivella", em uma contestação ao atual prefeito do Rio de Janeiro. Na quadra da escola, mesmo debaixo de muita chuva, a mesma união de festa e conteúdo político foi visível, com uma série de gritos de guerra contra o presidente Jair Bolsonaro.

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