Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2019 às 12:06

Carris lança edital para compra de 87 ônibus em Porto Alegre

Frota atual tem 347 ônibus, e nova compra terá todos os carros com ar condicionado e acessibilidade

Frota atual tem 347 ônibus, e nova compra terá todos os carros com ar condicionado e acessibilidade


MARIANA CARLESSO/JC
Patrícia Comunello
A Companhia Carris Porto-Alegrense (Carris) lançou edital nesta quinta-feira (28) para compra de 87 ônibus para renovar parte da frota que roda na Capital. É a maior aquisição de uma só vez da empresa e vai significar substituição de 25% dos 347 veículos que estão em operação.
A Companhia Carris Porto-Alegrense (Carris) lançou edital nesta quinta-feira (28) para compra de 87 ônibus para renovar parte da frota que roda na Capital. É a maior aquisição de uma só vez da empresa e vai significar substituição de 25% dos 347 veículos que estão em operação.
O número a ser encomendado equivale à frota entre 11 e 12 anos, esta última idade é o teto de vida que os veículos podem trafegar segundo lei de 2018. Nesta faixa, estão 58 carros, informou a Carris.
A licitação deve ser a maior também em cidades gaúchas. As regras e os prazos para as empresas interessadas em fazer a venda já estão no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). A diretora-presidente da estatal, Helen Machado, havia adiantado em entrevista ao Jornal do Comércio, publicada na segunda-feira (25), que lançaria a compra.
A previsão é que os quase 90 veículos envolvam investimento de R$ 40 milhões, mas, como a estatal busca recursos em bancos para custear a operação, o gasto será maior devido à despesa com a contratação do crédito, como juros e correção monetária. "Se der tudo certo com a licitação e com o financiamento, esperamos ter os ônibus até agosto", projetou Helen. Nos editais, não houve a inclusão da modalidade de financiamento, medida que foi estratégica para não gerar eventuais dificuldades.
"Se não tiver crédito não tem renovação de frota ou será muito menor", adianta a diretora-presidente. A substituição é considerada crucial para a sustentação financeira da Carris, pois os carros geram automaticamente queda no custo de manutenção. Medidas na área vêm sendo buscadas para diminuir a operação no vermelho. Desde 2011, a estatal tem prejuízo, que somam quase R$ 300 milhões cumulativamente até 2018. 
Para lançar os editais, houve aval dos conselhos de administração e fiscal da estatal. Também a prefeitura acompanha de perto a operação, diz a executiva. As conversas com bancos públicos e privados se intensificaram nos últimos meses. Helen informou que o investimento exigirá um aporte do município para os primeiros pagamentos, com impacto que deve ser sentido no resultado da companhia este ano, com previsão ainda de fechar no prejuízo e necessitar de repasses do Tesouro Municipal.
É um edital para a compra de chassis e outro das carrocerias. Segundo a estatal, "a modalidade vai permitir maior concorrência entre as marcas, possibilitando a aquisição com valor final mais atrativo". O recebimento e abertura das propostas será em 25 de março. A estimativa é que a nova frota entre em operação ao longo segundo semestre. A última aquisição foi de 50 ônibus em 2014. Os veículos que saírem de circulação serão vendidos, informou a empresa.  
Segundo os editais, os carros devem ter fabricação 2019 e modelo do mesmo ano, ser do tipo urbano convencional, com sistema de ar condicionado e acessibilidade, estes dois itens são obrigatórios hoje pelas regras do sistema de transporte de Porto Alegre.
Segundo a Carris, a frota atual de coletivos tem 70% dos veículos com acessibilidade (elevadores para acesso a deficientes), 60% dotados de ar condicionado e 82% com câmbio automático. A empresa tem 24 linhas que transportaram 56,5 milhões de passageiros em 2018. Em janeiro passado, o número ficou em 3,9 milhões de pessoas, queda de 11% frente ao mesmo mês de 2018.   
A diretora-presidente adiantou ao JC que o resultado negativo deve ser a metade do de 2017, ficando em cerca de R$ 21 milhões. Uma auditoria externa analisa os números e a situação da empresa, para depois serem divulgados o balanço e demonstrativos de resultados. Em paralelo, uma consultoria que está sendo contratada pela prefeitura faz estudos sobre o futuro da companhia. O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, já  falou que a empresa pode ser vendida ou até fechar.  
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO