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Geral

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Homenagens marcam um mês de tragédia

Familiares foram até o rio Paraopeba prestar tributos às vítimas

Familiares foram até o rio Paraopeba prestar tributos às vítimas


DOUGLAS MAGNO/AFP/JC
Passado um mês da tragédia causada pelo rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), a dor de familiares e amigos ainda está longe do fim. Atos foram realizados, ontem, em diferentes cidades do Brasil para lembrar um mês do colapso na Mina do Córrego do Feijão. Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, ainda restam 131 desaparecidos, e a busca pelas vítimas pode se estender por mais três ou quatro meses. O número de mortos chega a 179 pessoas, todas já identificadas.
Passado um mês da tragédia causada pelo rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), a dor de familiares e amigos ainda está longe do fim. Atos foram realizados, ontem, em diferentes cidades do Brasil para lembrar um mês do colapso na Mina do Córrego do Feijão. Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, ainda restam 131 desaparecidos, e a busca pelas vítimas pode se estender por mais três ou quatro meses. O número de mortos chega a 179 pessoas, todas já identificadas.
Em Brumadinho, parentes e amigos das vítimas promoveram uma caminhada seguida de uma homenagem às vítimas da tragédia. Centenas de pessoas foram até a ponte sobre o rio Paraopeba, atingido por toneladas de resíduos, carregando balões e cartazes. Ao fim do ato, um helicóptero lançou pétalas de rosas sobre as águas.
Estados como Bahia, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina e São Paulo registraram protestos e homenagens às vítimas da tragédia. Na cidade de São Paulo, uma manifestação ocorreu na avenida Paulista, enquanto Salvador foi palco de um ato ecumênico.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou que muitos ainda "temem por suas vidas" e aguardam das autoridades a confirmação sobre o risco de rompimento de novas barragens. Dodge e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, assinaram, no final de janeiro, uma portaria conjunta para a criação de um observatório que pretende garantir uma resposta mais rápida da Justiça em tragédias semelhantes.
Além da perda de vidas humanas e do luto de familiares que ainda não puderam velar seus entes queridos, há grande preocupação com os danos ambientais decorrentes do desastre. O governo de Minas Gerais proibiu o consumo da água do Paraopeba por tempo indeterminado. A orientação "é válida para qualquer finalidade: humana, animal e atividades agrícolas", reforça nota conjunta das secretarias estaduais de Saúde, Meio Ambiente e Agricultura, divulgada no domingo. 
Segundo os informes mais recentes da Agência Nacional das Águas, a lama tóxica percorreu 147 quilômetros em direção ao rio São Francisco, pouco menos da metade do caminho necessário para que ocorra a contaminação. Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, uma operação especial está sendo preparada para o caso de a lama chegar à represa de Retiro Baixo, um dos últimos obstáculos antes do São Francisco. Na metade do mês, o Ministério de Minas e Energia determinou uma série de medidas que buscam a extinção ou descaracterização de barragens semelhantes à do Córrego do Feijão, com prazo até agosto de 2021. 
Ontem, o Movimento dos Atingidos por Barragens divulgou um dossiê sobre Brumadinho, acentuando a responsabilidade da mineradora Vale na tragédia humana e ambiental causada pelo rompimento. Por sua vez, a empresa informou ao Ministério Público do Trabalho que vai manter o pagamento de dois terços dos salários de todos os empregados próprios e terceirizados que morreram na tragédia. Segundo a Vale, o pagamento seguirá por um ano, podendo ser estendido até que seja fechado um acordo definitivo de indenização.
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