De acordo com o diretor geral do campus, Marcelo Schmitt, a medida foi tomada após recomendação feita por uma equipe multidisciplinar da instituição, que fez uma avaliação geral do prédio e constatou problemas relacionados à infraestrutura do campus, principalmente em relação a riscos de incêndio. Conforme o diretor, o retorno às atividades acadêmicas depende de uma avaliação dos órgãos competentes e de eventuais ajustes elétricos na estrutura.
De acordo com Schmitt, a reitoria do IFRS enviou um engenheiro elétrico ao campus, e os trabalhos na rede elétrica da estrutura tiveram início nesta quarta-feira. O diretor informa que não há uma previsão para o início das atividades acadêmicas da instituição e destacou a importância da volta as aulas para manutenção do calendário letivo. "Cada dia que atrasa, aumenta um dia no final das aulas ou nos sábados, sendo o início e o final das atividades do segundo semestre impactados", explicou.
Schmitt ainda destaca que o reitor do IFRS, Júlio Xandro Heck, viajou a Brasília, onde protocolou um pedido à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC) solicitando ao governo federal recursos extras para realizar as ações e reparos previstos na infraestrutura do campus de Porto Alegre.
Em nota divulgada na terça-feira (19), o IFRS já havia justificado a interrupção das atividades no prédio como "medida de prevenção e cuidado com a segurança da comunidade que circula pelo local", dado que o campus segue fazendo as implementações necessárias no Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI), aprovado pelo Corpo de Bombeiros em outubro de 2017, mas ainda em fase de implementação.
Os dois mil alunos do local estão distribuídos em 13 cursos técnicos subsequentes, um curso técnico integrado, quatro cursos superiores, três mestrados, além de cursos de especialização e extensão. O campus de Porto Alegre do IFRS segue funcionando em
horário reduzido - das 8h às 14h -, o qual estava previsto para encerrar no dia 8 de fevereiro.