Depois de mais de quatro anos do vendaval que arrancou parte do telhado do Terminal Triângulo, na zona norte de Porto Alegre e segundo mais movimentado da cidade, uma solução finalmente foi anunciada. A prefeitura informou, nesta terça-feira (15), que o Grupo Zaffari vai fazer a recuperação da estrutura.
O município assinou um Termo de Conversão em Área Pública (TCAP). A prefeitura explicou, por nota, que "a parceria envolve valor relativo à recompra de área de um novo empreendimento do grupo situado na Zona Norte", com a incorporação ainda a ser lançada, segundo a empresa. O termo foi assinado na sexta-feira passada (11).
O Zaffari vai contratar um laudo técnico das estruturas para avaliar o que terá de ser feito. As obras serão contratadas após esse levantamento, comunicou o município. Segundo o vice-prefeito, Gustavo Paim, a saída vai agilizar o conserto, pois demoraria, segundo Paim, muito mais tempo se a administração buscasse a contratação.
O vendaval que provocou os estragos ocorreu em 20 de dezembro de 2014. Em 2016, uma licitação para a reposição do telhado não teve empresa interessada.
Cerca de 45 mil pessoas circulam diariamente pelo local, na avenida Assis Brasil, que é o segundo maior terminal de ônibus de Porto Alegre, atrás apenas do Rui Barbosa, no Centro Histórico. Em média, 950 ônibus de 41 linhas urbanas e 200 interurbanas circulam diariamente pelo terminal.
Reportagem do
Jornal do Comércio, em outubro passado,
mostrou a penúria da cobertura. Hoje, usuários de ônibus e pessoas que trabalham no local reclamam que precisam andar de guarda-chuva nos dias de chuva mesmo sob o terminal.
Sem telhado, a própria estrutura de metal está ficando enferrujada e danificada pela água. A situação também afeta comércio e demais instalações que ficam, expostas á ação do tempo, seja sol ou chuva. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou, na época, que estudava alternativas para resolver o problema.
Decreto 18.431, de 2013, prevê que empresas que pretendem construir empreendimento acima de três mil metros quadrados devem doar 20% da área à prefeitura, como parcelamento do solo, dispositivo do Plano Diretor. A doação pode ser em dinheiro ou contrapartida, como entrega ou conserto de equipamento público, caso do terminal.