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- Publicada em 10 de Janeiro de 2019 às 22:11

Municípios gaúchos decretam situação de emergência devido à chuva

Situação mais grave é em Alegrete; ponte Borges de Medeiros foi fechada devido à alta do rio Ibirapuitã

Situação mais grave é em Alegrete; ponte Borges de Medeiros foi fechada devido à alta do rio Ibirapuitã


6° RCB/Prefeitura de Alegrete/Divulgação/JC
Isabella Sander
A chuva dos últimos dias não poupou a Fronteira-Oeste do Estado - é de lá que vieram os quatro decretos de situação de emergência publicados até o momento. Três dos pedidos - feitos por Alegrete, Uruguaiana e São Francisco de Assis - já foram acolhidos pela Defesa Civil, restando o de Dom Pedrito, ainda em análise.
A chuva dos últimos dias não poupou a Fronteira-Oeste do Estado - é de lá que vieram os quatro decretos de situação de emergência publicados até o momento. Três dos pedidos - feitos por Alegrete, Uruguaiana e São Francisco de Assis - já foram acolhidos pela Defesa Civil, restando o de Dom Pedrito, ainda em análise.
Nesta quinta-feira, o governador Eduardo Leite se reuniu com o chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Júlio Cesar Rocha Lopes, para garantir que a ajuda necessária chegue aos municípios atingidos por chuvas e ventos intensos desde a noite de terça-feira. "Especialmente em Alegrete, temos essa preocupação em relação ao monitoramento das condições do Rio Uruguai e alerta às famílias que estão em áreas inundáveis. A Defesa Civil já está atuando fortemente nessa região, já destacamos efetivo da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, material e equipamentos, para ajudar tanto em Uruguaiana quanto Alegrete", destacou Leite.
A situação mais grave é em Alegrete, onde um homem morreu na quarta-feira ao ser atingido por uma árvore; 268 pessoas ficaram desalojadas de suas casas e 226, desabrigadas, segundo boletim da Defesa Civil das 17h desta quinta-feira. A preocupação da prefeitura é principalmente com o rio Ibirapuitã, que banha Alegrete e, até a manhã desta quinta, estava quase 12 metros acima do nível normal - se subisse mais um metro e meio, chegaria ao marco da ponte Borges de Medeiros. A prefeitura optou por interditar a circulação no entorno. A chuva acumula 477 milímetros desde o início da semana, conforme a MetSul Meteorologia.
Em Uruguaiana, o volume de chuva foi superior ao registrado em Alegrete, chegando a 558 milímetros desde o início da semana, o que representa três a quatro meses de chuva. Em vídeo no Facebook, o prefeito Ronnie Mello relatou que diferentes setores da sociedade estão organizados em mutirões para amenizar os problemas ocasionados pela chuva e pelo vento, como árvores e postes caídos e casas destelhadas. "Ainda há muita chuva prevista para os próximos dias, por isso precisamos de maquinário pesado para fazer a desobstrução de galerias, córregos e valas", afirmou. O gestor recomendou, ainda, que a população não saia de casa com crianças enquanto houver fios elétricos e árvores caídas nas ruas.
São Francisco de Assis registrou residências alagadas, mas, até a tarde desta quinta-feira, a Defesa Civil ainda não tinha concluído a contagem dos danos. Havia estradas bloqueadas, e áreas rurais da cidade estavam inacessíveis. Não havia, contudo, pessoas desabrigadas ou desalojadas. Já em Dom Pedrito, foram registradas oito pessoas desabrigadas e outras oito desalojadas. Bagé teve queda de postes, casas destelhadas e três pessoas desalojadas. O temporal se deslocou para o Centro do Estado nesta quinta-feira, quando o município de Jaguari sofreu inundação do rio homônimo e causou a retirada de 16 pessoas de suas residências.
O analista de processos de situação de emergência da Defesa Civil, tenente Rodrigo Duarte, explica que, quando um município é assolado por algum evento adverso, pode declarar situação de emergência através de decreto municipal. A partir da data do decreto, a prefeitura tem 15 dias para enviar informações e laudos comprovando os estragos, para que o governo federal envie ajuda financeira para a recuperação dos danos. Antes disso, contudo, o governo do Estado envia representantes da Defesa Civil, para que estes averiguem os transtornos, prestem auxílio humanitário - com itens como lonas e telhas - e apoiem o município atingido na elaboração dos laudos.
Em tese, a ajuda na elaboração dos laudos agiliza a liberação de recursos pelo governo federal. Porém, segundo o tenente, tudo depende de as intempéries acalmarem. "As águas ainda estão se elevando, então precisamos esperá-las baixar para que possamos avaliar danos na agricultura e na infraestrutura", explica. A MetSul espera chuva ainda forte para sexta-feira e para o fim de semana no Rio Grande do Sul. A tendência é de que o nível de água atinja de 700 a 800 milímetros até domingo.
Isabella Sander
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