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Geral

- Publicada em 02 de Janeiro de 2019 às 15:56

Abandono de animais aumenta nas férias de verão, alerta conselho de veterinária

Animais eram abandonados em frente à instituição Patas Dadas que teve de fechar as portas

Animais eram abandonados em frente à instituição Patas Dadas que teve de fechar as portas


JORGE BORUSZEWSKY/DIVULGAÇÃO/CIDADES
A problemática do abandono de animais que cresce nos fins de ano expôs as dificuldades de Organizações Não-Governamentais como a Patas Dadas, de Porto Alegre, que parou de receber animais pela segunda vez em 2018 por não dar conta da demanda.
A problemática do abandono de animais que cresce nos fins de ano expôs as dificuldades de Organizações Não-Governamentais como a Patas Dadas, de Porto Alegre, que parou de receber animais pela segunda vez em 2018 por não dar conta da demanda.
Na véspera de Natal, a entidade anunciou pelo Facebook que estava fechando, devido ao aumento no número de abandonos, a problemas financeiros e à superlotação do canil. A ONG anunciou que não irá realizar resgate de animais, enquanto a situação financeira e física não forem normalizadas. Mesmo após a divulgação e notícias, algumas pessoas se dispuseram a fazer doações, disseram os integrantes.   
Com a chegada do verão e das férias, diversas pessoas deixam o local onde moram para ir viajar e, por não saberem o que fazer com os animais de estimação, acabam abandonando os bichinhos. Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), os casos são recorrentes ao longo do ano e ganha mais evidência na época de veraneio. 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil conta com cerca de 30 milhões de animais abandonados. Em Porto Alegre, a Secretaria de Direitos dos Animais (Seda) admite não ter dados estatísticos sobre o descaso com os animais. Segundo a Seda, muitos animais acabam sendo deixados na beira de rodovias. 
"Independentemente da época do ano, o abandono é um problema sério, crônico e recorrente de maus tratos", relata Lisandra Dornelles, presidente do CRMV. Cães e gatos não são os únicos que sofrem com o abandono. Lisandra lembra que animais rurais e exóticos também sofrem com o descaso dos donos.
Para a presidente do conselho, o recolhimento de animais por órgãos públicos não resolve a problemática dos animais abandonados. "É preciso trabalhar com prevenção, promovendo a educação a respeito do assunto e castrando animais", defende Lisandra, citando o trabalho da Seda como a castração dos bichinhos abandonados. 
No fim de 2018, o Conselho de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul lançou uma campanha para integrar as iniciativas do Dezembro Verde. Peças gráficas foram colocadas no site do conselho para que pessoas imprimissem e também se engajassem na campanha. O álbum da campanha no Facebook superou 56 mil pessoas envolvidas e teve mais de 2300 compartilhamentos. "É um resultado surpreendente", comentou Lisandra.
O abandono de animais e os maus tratos são crimes previstos no Código Penal brasileiro, definidos no artigo 164 do código e no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal n°9.605/1998).
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