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Geral

- Publicada em 26 de Dezembro de 2018 às 21:36

Descarte incorreto frustra primeiro mês de contêineres de lixo reciclável

Prefeitura busca divulgar recipientes verdes e sensibilizar moradores e comerciantes do Centro Histórico

Prefeitura busca divulgar recipientes verdes e sensibilizar moradores e comerciantes do Centro Histórico


MARIANA CARLESSO/JC
Isabella Sander
O primeiro mês do projeto-piloto para contêineres de lixo reciclável em Porto Alegre não poderia ter sido mais frustrante. Em análise do material depositado nos 45 recipientes distribuídos pelo Centro da cidade, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) verificou que 88,45% dele era orgânico ou sem possibilidade de reciclagem. A maioria orgânica se misturou com a minoria reciclável e a sujou, tirando seu valor de mercado. O resultado foi que as unidades de triagem devolveram integralmente os resíduos, que acabaram parando no aterro sanitário.
O primeiro mês do projeto-piloto para contêineres de lixo reciclável em Porto Alegre não poderia ter sido mais frustrante. Em análise do material depositado nos 45 recipientes distribuídos pelo Centro da cidade, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) verificou que 88,45% dele era orgânico ou sem possibilidade de reciclagem. A maioria orgânica se misturou com a minoria reciclável e a sujou, tirando seu valor de mercado. O resultado foi que as unidades de triagem devolveram integralmente os resíduos, que acabaram parando no aterro sanitário.
O projeto-piloto foi iniciado em 1 de novembro. Ao longo do mês, foram feitas 11 descargas de resíduos, com um total de 70,8 toneladas coletadas. Até o dia 10 de novembro, as descargas eram levadas à Unidade de Triagem Anjos da Ecologia, no bairro Marcílio Dias. No dia 10, a unidade parou de aceitar a remessa, alegando que não valia a pena triar, devido à baixa quantidade de material reciclável encontrada. O material passou a ser recebido pela Unidade de Triagem e Compostagem da Lomba do Pinheiro, que, no dia 29 de novembro, também parou de aceitá-lo. A carga passou, então, a ser enviada diretamente para o aterro sanitário.
O percentual de rejeito encontrado nos contêineres, de 88,45%, é muito superior ao encontrado na coleta seletiva normal, na qual os sacos de lixo reciclável são colocados pelo morador em frente à sua residência, em via pública. Nesse modelo, a média de rejeitos encontrados em 2017 foi de 34%.
Segundo a diretora da Divisão de Destino Final do DMLU, Mariza Reis, na coleta seletiva normal, o percentual de 34% de material não reciclável não envolve resíduos orgânicos, e sim materiais que não têm valor de compra para as unidades de triagem, o que faz com que quase 100% do material reciclável realmente possa ser reciclado. "O que acontece é que, na coleta automatizada, estão descartando lixo orgânico dentro do seletivo, e misturar o resíduo reciclável com o orgânico deixa o reciclável sem valor para comercialização, porque ele fica contaminado", relata.
Uma das sugestões de Mariza para viabilizar a reciclagem do material é que o morador deposite seu lixo reciclável no contêiner já ensacolado, para evitar sua mistura com o lixo orgânico colocado no local indevidamente. "No Centro, as pessoas passam na rua e jogam no contêiner, por exemplo, papel com restos de comida, que já não é para reciclagem, por isso é importante acondicionar o material reciclável em sacos de lixo e descartar no contêiner correto", defende. Enquanto o contêiner de lixo orgânico é cinza, o de lixo reciclável é verde.
A diretora da Divisão de Destino Final acredita que, nos próximos meses, o resultado do projeto-piloto, que tem duração de 12 meses, será melhor, assim como aconteceu em outros municípios gaúchos que já possuem contêineres de lixo reciclável, como Passo Fundo e Caxias do Sul. Para engajar mais a população nesse projeto, o DMLU busca divulgação da existência dos contêineres verdes e a equipe de Educação Ambiental está fazendo visitas de sensibilização dos moradores e dos comerciantes do Centro Histórico, esclarecendo dúvidas e mostrando a importância da coleta seletiva.
Entre as dúvidas mais comuns da população, está o que fazer com embalagens sujas. A orientação de Mariza é que a embalagem não seja lavada, e sim que seu conteúdo seja descartado no lixo orgânico, e que apenas a embalagem vá para a coleta seletiva. "Há embalagens que ainda não têm valor de mercado, mas devem ser colocadas no lixo reciclável mesmo assim, porque podem ter mercado um dia", informa. O lixo reciclável envolve embalagens de plástico, papel e metal.
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