Campanha quer incentivar aluguel a moradores de ruas

Para tentar deter o crescente aumento da população de rua em Porto Alegre, as autoridades locais se espelham em iniciativas bem-sucedidas de países como Inglaterra e Finlândia, que passaram a garantir aluguel solidário de imóveis, promovendo, dessa forma, a socialização dessas pessoas. Agora, uma campanha será lançada para conscientizar os porto-alegrenses para esta questão social.

Em quatro meses, o programa Moradia Primeiro - rebatizado de Aluguel Solidário - já beneficiou 31 pessoas, que, inclusive, já ingressaram no mercado de trabalho, muito em virtude de terem um endereço domiciliar. O governo federal bancou o projeto e passou a disponibilizar o benefício de R$ 500,00 por pessoa em situação de rua exclusivamente para cobrir o aluguel. O dinheiro não passa pela prefeitura, vai direto para a conta do locatário.

Porém, o secretário de Comunicação da prefeitura, Orestes de Andrade Jr., admite que o projeto não está andando como deveria e cita como causa o preconceito da sociedade e também de proprietários de imóveis, que têm medo de ver seu patrimônio vandalizado.

Orestes acredita que é necessário fazer a sociedade ter mais conhecimento sobre o projeto e, desse modo, abraçar o Aluguel Solidário. A iniciativa ganhou apoio da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) e também do Clube de Criação. De acordo com o vice-presidente da ARP, Ricardo Bottega, a ideia é promover um trabalho em conjunto para divulgação do programa na mídia.