Na manhã desta terça-feira (11), dirigentes das centrais sindicais como CUT, CTB, CSP Conlutas, UGT, Força Sindical, Intersindical e CGTB protestaram em frente à Secretaria Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no Centro de Porto Alegre. O movimento foi direcionado ao presidente eleito Jair Bolsonaro e as medidas que buscam a extinção do Ministério do Trabalho.
“Bolsonaro quer atender a pauta dos maus empresários. Ele quer abrir a porteira para que a elite avance e ganhe dinheiro, de forma rápida. É disso que se trata o fim do Ministério do Trabalho. É um brutal ataque aos direitos sociais, ao descanso remunerado, ao adicional de férias e ao 13º salário”, denunciou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Nespolo ainda especula que o futuro ministro da economia Paulo Guedes esteja com planos para administrar os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), de cerca de R$ 57 milhões, para outros fins. “Eles estão de olho nesses recursos que pertencem aos trabalhadores e não podem ser desviados para outras finalidades”, alerta.
O presidente da CUT-RS teme que a realocação dessa verba em outras áreas possa comprometer a qualificação profissional e manutenção de direitos básicos dos trabalhadores, como a moradia. “Com o fim da pasta do Trabalho, o seguro-desemprego fica ameaçado e, num país com mais de 13 milhões de desempregados, ele é mais do que importante, é vital”, concluiu.