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- Publicada em 11 de Dezembro de 2018 às 09:32

Brasil atinge meta de redução de emissões de carbono na área florestal

Em 2018, setor florestal absorveu 538 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera

Em 2018, setor florestal absorveu 538 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera


LUNAE PARRACHO/AFP/JC
Agência Brasil
O Brasil atingiu este ano a meta de redução em até 38% das emissões de carbono na área florestal. O país reduziu 1,28 bilhão de toneladas de dióxido de carbono entre agosto de 2017 e julho de 2018, o que representa uma redução de 60% no volume emitido por atividades florestais.
O Brasil atingiu este ano a meta de redução em até 38% das emissões de carbono na área florestal. O país reduziu 1,28 bilhão de toneladas de dióxido de carbono entre agosto de 2017 e julho de 2018, o que representa uma redução de 60% no volume emitido por atividades florestais.
O dado, baseado em cálculos de absorção de carbono pelas florestas brasileiras, foi divulgado na manhã desta terça-feira (11) pela delegação brasileira durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24), que está sendo realizada em Katowice, Polônia.
De acordo com o relatório, o setor florestal deixou de ser a maior fonte de emissão de carbono no país (já foi responsável por cerca de 75% do total de emissões anuais) e em 2018 absorveu 538 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera.
A redução das emissões florestais permitiu que o país alcançasse a meta estabelecida em 2009, durante a Cúpula do Clima de Copenhague. Na ocasião, o país se comprometeu a reduzir as emissões em torno de 36 a 38% até 2020.
Segundo o governo brasileiro, o resultado foi alcançado devido à redução do desmatamento na Amazônia, no Cerrado e à absorção de carbono por terras indígenas e áreas verdes preservadas em reservas legais ou propriedades privadas. O registro de mais de 5,4 propriedades rurais com áreas de conservação ambiental pelo Cadastro Rural também permitiu a identificação de áreas com capacidade de absorção de carbono.
O levantamento divulgado hoje também mostra que o desmatamento do Cerrado diminuiu 11% em 2018. Segundo o governo, este é o menor nível de área desmatada desde o início da série, em 1999. O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e se estende por mais de dois milhões de Km 2. Mais da metade de sua área já foi degradada, principalmente com o avanço da fronteira agrícola.
O Brasil também anunciou pela primeira vez que foram recuperadas 9,4 milhões de hectares de vegetação nativa da Amazônia de 2004 a 2014. O governo antecipa que a área recuperada permite ao país atingir a meta de recuperar 12 milhões de hectares da vegetação florestal até 2030. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a recuperação da vegetação nativa é prioridade da política ambiental brasileira.
O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, comemorou os resultados e declarou que os números confirmam a contribuição brasileira para redução dos gases efeito estufa no mundo. "O Brasil vem fazendo um papel importante. Isso deve servir de estímulo para fazer mais, ou seja, o que o Brasil fez é importante, mas o sentimento é de que precisamos fazer muito mais porque a situação é muito grave no mundo inteiro. A contribuição tem que ser de todos os países", comentou Duarte à Agência Brasil.
O ministro participa hoje na COP 24 do chamado Diálogo de Talanoa, momento em que as nações apresentam diferentes experiências e iniciativas de descarbonização, entre outras reuniões e atividades multilaterais. Até o fim desta semana, a expectativa é que os 195 países que integram a convenção do clima finalizem um plano de ação para implementar o Acordo de Paris, firmado na conferência de 2015 com o objetivo de promover medidas para limitar o aquecimento global em até 2º C até o fim deste século.
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